Após a Bolívia sofrer uma tentativa de golpe de Estado, o presidente Luis Arce nomeou três novos chefes para as Forças Armadas do país.
Com o anúncio, militares que invadiram o Palácio Quemado se retiraram das imediações.
A saída das tropas da capital La Paz foi ordenada pelos novos chefes militares.
Os soldados foram posicionados com tanques blindados na Praça Murillo, em frente à sede do governo.
Denúncia e pedido de mobilização
Luis Arce denunciou a mobilização de algumas unidades do exército, aprendizes pelo general Juan José Zunigaalertando para uma tentativa de golpe de Estado.
“Hoje, o país enfrenta uma tentativa de golpe de Estado. Hoje, o país enfrenta mais uma vez interesses para que a democracia na Bolívia seja interrompida”, afirmou o presidente em comentários do palácio presidencialcom soldados armados do lado de fora.
“O povo boliviano está convocado hoje. Precisamos que o povo boliviano se organize e se mobilize contra o golpe de estado em favor da democracia”, disse o presidente boliviano.
Ó general rebelde
Juan José Zuñiga era comandante-chefe do Exército da Bolívia desde 2022.
Na segunda-feira (24), o militar fez declarações polêmicas contra o ex-presidente boliviano Evo Morales, dizendo que Evo “não pode mais ser presidente deste país”.
As declarações custaram-lhe o cargo. Na terça-feira (25), ele foi demitido. Porém, o militar se revoltou contra o Executivo, liderando o levante.
O presidente atual, Luis Arce, foi ministro da Economia durante o governo de Morales e, em 2020, foi indicado para disputar a presidência.
O Ministério Público da Bolívia disse que iniciará uma investigação criminal contra o general Juan José Zuniga e outros participantes, liderando o que foi considerado pelo governo e pelos líderes internacionais como uma tentativa de golpe.
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