O titã submarinoThat sofreu uma implosão quando submergia rumo a uma visita aos destroços do Titanictinha uma janela de visualização “minúscula” e bem menor do que seu projeto, aparentemente, anterior.
A observação foi feita pelo engenheiro naval Thiago Pontin Tancredi, para quem o fato indica falta de preparo da companhia responsável pela embarcação, a empresa norte-americana OceanGate.

“Se observarmos vídeos promocionais da empresa em relação a esse submarino, vamos perceber que ele tinha toda a parte frontal transparente, de algum material como vidro ou acrílico”, disse Tancredi, que é professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em entrevista à CNN.
“Isto mostra que essa empresa, desde o início do projeto, desconhecia aspectos técnicos mais fundamentais do que se propunha. Porque, se você olhar as imagens reais, a janelinha de visualização dos destroços é necessário. Não deve ter no máximo uns 30 centímetros de raio. Isto mostra a diferença entre o que eles idealizavam fazer e que acabaram sendo uma solução viável do ponto de vista da engenharia.”
“É como tentar amassar um copo de vidro”
Tancredi explica que as pareciam acerca de como ocorreu a implosão que destruiu o Titã e vitimou seus passageiros vão depender do estado dos destroços encontrados.
De acordo com ele, o mais provável é que tem sido indicado pela equipe de busca da Marinha norte-americana é que o casco está em destroços, e não em uma peça única ou em peças grandes amassadas, o que é mais comum nos acidentes com submarinos feitos de aço.
“O Titan tem um projeto totalmente diferente (…). Ele é feito de fibra de carbono, que é um material não dúctil”, explicou o engenheiro naval.
“Então ele provavelmente não vai amassar; vai fraturar e quebrar em vários fragmentos, e é por isso que a Marinha tem usado o termo ‘implosão catastrófica’. É como tentar amassar um copo de vidro. Você não vai conseguir, ele vai quebrar.”
Assista à entrevista completa no vídeo acima.
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O submarino da operadora de turismo OceanGate desapareceu no último domingo (18) depois de uma expedição aos destroços do Titanic, na costa de St John’s, Newfoundland, no Canadá. Destroços da embarcação foram encontrados na quinta-feira (22). As cinco pessoas que estavam a bordo do sono (veja na sequência).
Crédito: OceanGate -
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Entre os mortos estava o milionário Shahzada Dawood, empresário paquistanês e curador do Instituto Seti (foto), organização de pesquisa na Califórnia. Seu filho, Sulaiman Dawood, também estava na embarcação.
Credito: Engro -
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O bilionário britânico e dono da Action Avision, Hamish Harding, morador dos Emirados Árabes Unidos, também está entre os mortos no acidente.
Credito: Engro -
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Outro nome que estava na embarcação era o do mergulhador e mergulhador Paul-Henri Nargeolet
Credito: Engro -
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O quinto passageiro a bordo do submersível com destino aos destroços do Titanic era Stockton Rush, CEO e fundador da OceanGate, empresa que liderou a viagem
Crédito: Reprodução -
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Nesta imagem, todos os falecidos, a partir da esquerda: Hamish Harding, Shahzada Dawood, Suleman Dawood, Paul-Henri Nargeolet e Stockton Rush Obtido
Crédito: Reprodução/CNN -
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Um submersível, como Titan, é um tipo de embarcação – mas tem algumas diferenças importantes em relação ao submarino mais conhecido. Ao contrário dos submarinos, um submersível precisa de uma embarcação para lançá-lo. O navio de apoio do Titan era o Polar Prince, antigo navio quebra-gelo da Guarda Costeira canadense, de acordo com o co-proprietário do navio, Horizon Maritime.
Crédito: Arte CNN -
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A expedição começou com uma jornada de 740 milhas o local do naufrágio até, que fica a cerca de 1448 milhas da costa de Cape Cod, Massachusetts, nos EUA. Mas perdeu contato com uma tripulação do Polar Prince, navio de apoio que transportou a embarcação até o local, 1 hora e 45 minutos após a descida no domingo (18).
Crédito: Reprodução -
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Segundo o correspondente da CNN Gabe Cohen que visitou o veículo Titan fora da água em 2018, o submersível é uma embarcação desesperada, bastante apertada e pequena, sendo necessário sentar dentro dele sem sapatos. Ele é operado por controle remoto, muito semelhante a um controle de PlayStation.
Crédito: Reuters -
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O submarino tinha como objetivo levar os três turistas aos destroços do Titanic (foto) para turismo subaquático.
Crédito: Woods Hole Oceanographic Institution/Reuters