A Justiça de São Paulo concedeu liberdade provisória ao estudante Gabriel Valareto Vicente Silva, de 20 anos, que havia sido preso na noite de quinta-feira (15) ao ser flagrado filmando escondido uma aluna no banheiro da universidade Anhembi Morumbi da Mooca, zona leste da capital paulista.
O celular dele foi compreendido e vai passar por perícia. Ele foi liberado após o pagamento da fiança fixada em dois períodos mínimos (equivalente a R$ 2.640).
Na audiência de custódia, a Justiça determinou que o suspeito deverá cumprir algumas medidas cautelares:
- Comparecimento bimestral em juízo para informar e justificar suas atividades;
- Obrigação de manter o endereço atualizado na vara competente, informando imediatamente uma eventual alteração;
- Proibição de ausentar-se do endereço residencial por mais de oito dias sem comunicação prévia ao juízo;
- Proibição de frequentar o banheiro “Para todos” da Universidade Anhembi Morumbi, campus Mooca, caso a instituição lhe permita continuar a frequentar o curso;
- Proibição de manter qualquer tipo de contato com as vítimas, por qualquer meio de comunicação e mesmo por intermediário de terceiros, sob pena de revogação do benefício e recolhimento imediato à prisão;
- Pagamento de fiança arbitrada em dois salários mínimos.
Em nota, a advogada de Gabriel, Camila Casco Barbosa, afirmou que a defesa segue comprometida com a verdade e com o esclarecimento dos fatos.
“Seguiremos aguardando a conclusão da experiência a ser realizada no aparelho de celular, bem como as demais questões processuais. A defesa seguirá comprometida com a verdade e o esclarecimento dos fatos. Por hora, é o que resta esclarecer e informar”, dizem os advogados.
A CNN entrou em contato com a defesa das vítimas, que optou por não se manifestar.
Em nota, a universidade Anhembi Morumbi lamentou e repudiou o ocorrido.
“Como instituição de ensino, atuamos na promoção da formação crítica, cidadã e consciente da comunidade acadêmica, formando não apenas profissionais, mas indivíduos em sua integralidade e, por esse motivo, repudiamos toda e qualquer conduta contrária às normas legais e da própria Instituição” .
Uma instituição afirmou estar “adotando as providências cabíveis, tanto internamente, quanto junto às autoridades competentes”, além de prestar apoio às vítimas.
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