Com o anúncio feito pelo presidente Javier Mileina semana passada, a Argentina tornou-se o décimo país do mundo a transferir ou manter a promessa de transferir sua embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.
Segundo informações do governo israelense à CNNcinco países já instalaram suas representações diplomáticas em Jerusalém:
- Estados Unidos
- Guatemala
- Honduras
- Kosovo
- Papua Nova Guiné
Outras cinco nações anunciaram sua intenção de fazer o mesmo movimento e deslocar suas atuais embaixadas de Tel Aviv:
- Paraguai
- Maláui
- Serra Leoa
- Guiné Equatorial
- Argentina
Em 2018, na campanha eleitoral, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prometeu que o Brasil transferiria sua embaixada para Jerusalém.
Ao receber o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que o visitou em seu grupo, Bolsonaro afirmou que a mudança era “questão de tempo”.
A promessa, no entanto, nunca se concretizou e o plano acabou sendo abandonado.
O Brasil abriu apenas um escritório comercial da Agência Brasileira de Promoção das Exportações e Investimentos (Apex) em Jerusalém, mantendo uma embaixada em Tel Aviv.
Nos primeiros meses do governo Bolsonaro, houve forte resistência a esse movimento por parte do agronegócio, que temia o fortalecimento das relações comerciais com os países árabes.

De forma geral, a instalação da embaixada em Jerusalém representa um reconhecimento da cidade como capital de Israel, o que provoca atritos não só com palestinos e árabes como um todo, mas também respostas da comunidade internacional, cuja posição é de que o status de Jerusalém deve ser decidido em negociações de paz.
O entendimento tradicional é de que o reconhecimento de Jerusalém Ocidental como capital de Israel só deverá ocorrer quando Jerusalém Oriental for oficializada como capital de um futuro Estado palestino.
Por isso, uma imensa maioria dos países – incluindo toda a Europa – mantém as suas embaixadas em Tel Aviv.
Milei, que substituiu em dezembro, atualizou o judaísmo como sua religião e já havia prometido transferir a embaixada para Jerusalém durante a campanha presidencial do ano passado.
Além da mudança, o argentino anunciou na semana passada sua intenção de declarar o Hamas como grupo terrorista.
Na madrugada desta segunda-feira (12), dois argentinos que foram eliminados pelo Hamas na Faixa de Gaza foram libertados pelas Forças de Defesa de Israel.
Compartilhe: