Israel matou o líder do Hamas, Yahya Sinwar, considerado o grande chefe militar do grupo terrorista, após a morte de seu chefe político, também morto recentemente por Israel.
Israel também matou o chefe de outra importante organização inimiga junto às suas fronteiras, o Hezbollah, no Líbano.
A ambos, Hamas e Hezbollah, Israel impõe um enorme grau de destruição e desorganização.
Isso significa, então, que está próxima do fim a atual fase do conflito no Oriente Médio, iniciada com as atrocidades do Hamas em 7 de outubro do ano passado? Dificilmente.
Tanto o Hamas quanto o Hezbollah já sofreram perdas severas em benefícios anteriores — o Hamas mais do que o Hezbollah — e ambas as organizações se reconstituíram e até aumentaram seu poder de ataque.
Guerras, em grande medida, são combatidas de acordo com os objetivos políticos propostos.
O objetivo político do Hamas, e também do Hezbollah, é a destruição completa do Estado de Israel — militarmente inalcançável.
O objetivo político de Israel em relação aos dois inimigos também é sua destruição total, o que, mesmo com a enorme superioridade militar de Israel, ainda não foi realizado.
Em outras palavras, é na esfera política que se pode eventualmente esperar algum tipo de acordo para conter ou, quem sabe, até mesmo diminuir a atual intensidade do conflito. Mas não é o que está comemorando.
O que costuma acontecer naquele conflito, depois de derrotas táticas severas como as que acabaram de ocorrer com o Hamas e o Hezbollah, é um período de reconstituição.
Estrategicamente, por seu lado, Israel está longe dos objetivos que declarou.
Não há soluções políticas no horizonte. E nem militar.