As urnas foram abertas às 8h [horário de Brasília] deste domingo (19) para que os argentinos decidam quem será o novo presidente do país: o governador Sergio Massa (União pela Pátria) ou libertador e outsider Javier Milei (La Libertad Avanza).
O primeiro turno foi realizado em 22 de outubro, com Massa liderando com 36,69%. Milei conquistou 29,99% dos votos. A disputa é uma das mais acirradas dos últimos anos no país, com cenário incerto que deve ser decidido voto a voto.
O segundo turno ocorre porque Massa, primeiro colocado no primeiro turno, não conseguiu fazer mais de 45% dos votos ou mais de 40% com diferença de 10% para Milei — como aponta a lei eleitoral do país.
Na história do país, somente o ex-presidente Maurício Macri conseguiuem 2015, sair de segundo colocado no primeiro turno e virar o jogo no segundo turno, se elegendo.
Para fazer uma virada, Milei conta com o apoio da terceira colocada no primeiro turno, Patricia Bullrich (Juntos pela Mudança)que teve 23,84% dos votos.
Por outro lado, Massa vem tentando se aproximar de diversos setores da política e da economia argentina desde o final do primeiro turno.
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Últimas pesquisas
Neste momento, Milei liderou os interessados em votos pelas pesquisas eleitorais.
No último dia 10, a Atlasintel, revelou que ele tinha 52,1% contra 47,9% de Massa — com margem de erro de um ponto percentual.
O levantamento reuniu 8.971 pessoas com mais de 16 anos de forma questionada e por meios digitais entre os dias 5 e 9 de novembro. O nível de confiança é de 95%.
O levantamento também questionou os argentinos sobre temas propostos nas campanhas eleitorais. Os entrevistados se posicionaram majoritariamente contra as flexibilizações das restrições para venda de órgãos (78%) e para compra e porte de armas (68%) — defendidas por Milei.
Por outro lado, houve consentimento com desejo de reduzir as contas públicas (55%) e estabelecer um teto de gastos, ainda que isso impacte programas sociais (50%), na linha do que ele propõe.
Além disso, 54,7% consideram justa a inquérito por corrupção da vice-presidente Cristina Kirchner, 77,2% desaprovam o governo do atual presidente, Alberto Fernández, e 77% avaliam mal a situação econômica do país. Ambos são apoiadores de Massa, que por sua vez é ministro da Economia.
Abstenção e participação até aqui
Na Argentina, o voto é obrigatório para maiores de 18 anos até os 70 anos. Mas, a partir dos 16 anos e depois dos 70, é possível escolher se deseja votar ou não.
Ao todo, o país possui 35,4 milhões de participantes aptos, dos quais 76,53% compareceram às urnas no dia 22 de outubro, informa a Direção Nacional Eleitoral (Dine), equivalente à Justiça Eleitoral no Brasil. Já nas primárias, foram 67,83%.
(Publicado por Marina Toledo)
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