Ministros da União Europeia chegaram a um consenso nesta quinta-feira (8) sobre como compartilhar a responsabilidade pelo cuidado de imigrantes e refugiados, após 12 horas de sofrimento que levaram Itália e Grécia a assinarem o acordo que vem escapando do bloco há quase uma década.
Ministros de assuntos domésticos do bloco de 27 membros selaram o acordo, na expectativa de encerrar anos de divisão, desde 2015, quando mais de um milhão de pessoas — a maioria fugindo da guerra na Síria — chegaram à União Europeia pelo Mediterrâneo.
Nancy Faeser, da Alemanha, comemorou o acordo como “histórico”. A principal autoridade de identidade do bloco disse que ele representa uma situação em que todos os estados-membros da UE ganharam.
“Isso é ótimo, um grande feito, mostrando que é possível trabalhar juntos em irmãos. Somos tão mais fortes quando garantidos juntos”, disse a comissária de assuntos internos, Ylva Johansson.
o acordo
Nesta quinta-feira (8), Itália e Grécia exigem mudanças de última hora no acordo proposto, esperando por um corte no número de pessoas que cada país aceitaria e regras mais flexíveis para enviar de volta a países fora da União Europeia.
Sob o acordo que acabou sendo fechado e deve ser finalizado antes das eleições da UE em 2024, cada país seria responsável por um determinado número de pessoas, mas não necessariamente teria que acolhê-las.
Os países que não estão dispostos a receber migrantes irregulares e refugiados que chegam à região poderiam ajudar os seus pares de acolhimento por meio do pagamento de 20 mil euros por pessoa.
O acordo introduzidoia um novo procedimento de aceleração acelerada para aqueles considerados improváveis de obter asilo, para evitar que fossem admitidos dentro do bloco por anos.
A polônia ea Hungria – entre as vozes mais altas da UE contra a aceitação de imigrantes marítimos – se o confrontou ao acordo, dizendo que os líderes nacionais do bloco deveriam voltar ao assunto quando se reunirem no final de junho. Isso, no entanto, não prejudicou o acordo majoritário.
Críticos liberais do acordo disseram que o procedimento rápido de fronteira arrisca reviver cenas trágicas que aconteceram nas ilhas gregas há vários anos, criando campos de migração ainda mais superlotados e inadequados na periferia da UE.
A recepção aos imigrantes tornou-se um assunto cada vez mais polêmico desde 2015.
Incapaz de concordar sobre como compartilhar a responsabilidade, países da UE no geralam focaram em diminuir a quantidade de chegadas, com dados da ONU mostrando que menos de 160 mil pessoas cruzaram o mar no último ano para o bloco com 500 milhões de pessoas.
Quase 2.500 pessoas morreram ou estão desaparecidas em travessias perigosas no mesmo período.
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