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Um conceito pra entender e eliminar (da sua vida)

Tome nota: Ser uma pessoa gorda e não ser saudável nem sempre são sinônimos. Ao contrário do que muitos pensam, é possível ser gordo e ter saúde. Se por um instante você achou ou pensou o contrário, é hora de falarmos sobre Gordofobia.

A gordofobia é o preconceito contra corpos gordos com a ideia de que pessoas gordas são ‘inferiores’, tem menos capacidade ou saúde do que aquelas que não são definidas esteticamente como magras.

Uma discriminação impregnada numa sociedade que estruturou tudo o que é belo e lindo aos corpos magros. Consequência disso são as falas, pensamentos, atitudes gordofóbicas que aparecem toda hora por aí e mesmo, deliberadamente, podem fazer parte do nosso dia a dia. Mas é chegada a hora de ter consciência disso.

Sabemos: a obesidade é sim uma doença. Um grave problema de saúde pública que afeta quase 7 milhões de pessoas no Brasil. Inclusive, o principal fator de risco de obesidade são as doenças relacionadas a ela, desencadeadas por conta do excesso de peso, entre elas, como cardiovasculares, diabetes… Por isso, se a obesidade afeta a saúde e a qualidade de vida das pessoas, temos que fazer isso como uma doença e com responsabilidade.

Mas o que quero dizer aqui é que, para além desse diagnóstico, existem, sim, pessoas gordas por aí com uma ótima saúde. O detalhe chocante para a “sociedade da magreza” é o fato deles poderem viver e conviver com seus corpos gordos tão lindamente como os corpos magros por aí.

Corpos gordos e corpos magros. Essa é a diversidade de corpos e é mais do que na hora de entendermos isso. Os corpos também são diversos em sua estrutura. Do PP ao GG, G1, G2 e assim vai… E já tem muita gente falando sobre isso e sendo ativista nesta causa pelo respeito aos corpos grandes e saudáveis, ao colocar em xeque a ditadura da magreza, nem sempre, feita com saúde.

E chama atenção para como a sociedade foi criada a não pensar em corpos gordos e muito menos para pensar estruturas que facilitam a vida dessas pessoas diariamente, seja no transporte público, nos espaços de lazer, no avião, no escritório, etc.

Uma boa maneira de ajudar a combater a gordofobia é eliminar o vocabulário – de uma vez por todas – frases e pensamentos gordofóbicos, por exemplo. Termos como alguns dos que destaco aqui abaixo e já podem entrar na lista proibida, por favor:

  • VOCÊ É FOFINHA – Usar diminutivo para se referir a uma pessoa gorda, achando que isso é um elogio;
  • VOCÊ É BONITA DE ROSTO – Uma forma sutil de dizer que corpos gordos não são bonitos, mas apenas uma parte dele;
  • VOCÊ COME POUCO PARA UMA PESSOA GORDA – Estrutura do corpo e a forma que se vem nem sempre está diretamente ligada ao fato de alguém ser uma pessoa gorda
  • VOCÊ NÃO TÁ GORDA, VOCÊ TÁ LINDA – Mais uma vez, uma ideia reforçada de relacionar beleza a corpos magros;
  • HOMEM GOSTA DE APERTAR – Corpos gordos não são brinquedos ou objetos;
  • SE VOCÊ SE ESFORÇASSE MAIS, IA CONSEGUIR EMAGRECER – Respeitar a jornada de cada um é um fundamental. Ser gordo não é questão de esforço ou de preguiça.

Esses são apenas alguns exemplos do nosso dia a dia que só reforçam a ideia da gordofobia e pedem urgentemente que ela seja eliminada. Precisamos naturalizar a existência de corpos gordos, grandes e, sempre, (claro) saudáveis. Afinal, a beleza da vida está na diversidade dela.

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