O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu perdões completos aos três cofundadores da exchange de criptomoedas BitMEX em 27 de março. A decisão limpa os nomes de Arthur Hayes, Benjamin Delo e Samuel Reed, anos após terem admitido violar as leis de lavagem de dinheiro dos EUA.
Condenação e Acusações:
- Os três fundadores, que lançaram a BitMEX em 2014, se declararam culpados de acusações sob a Lei de Sigilo Bancário.
- Promotores alegaram que a plataforma permitia negociações sem verificações de identidade adequadas, tornando-se um centro para atividades financeiras ilícitas.
- Em 2022, os cofundadores receberam sentenças de liberdade condicional e pagaram multas milionárias para resolver ações criminais e civis.
- Hayes, ex-CEO, cumpriu seis meses de prisão domiciliar. Delo, ex-chefe de estratégia, foi condenado a 30 meses de liberdade condicional, e Reed, ex-CTO, a 18 meses.
Perdão e Reação:
- Os perdões de Trump ocorreram três meses após a BitMEX concordar em pagar US$ 100 milhões para resolver alegações de não conformidade com leis de lavagem de dinheiro.
- Promotores acusaram a liderança da empresa de ignorar obrigações legais enquanto buscava clientes americanos.
- Delo, em comunicado após o perdão, classificou as acusações como resultado de leis desatualizadas e perseguição política, afirmando que o trio “nunca deveria ter sido processado”.
- Hayes, Delo e Reed pagaram US$ 10 milhões em multas criminais e US$ 30 milhões em penalidades civis.
Caso BitMEX:
- Fundada em 2014, a BitMEX se tornou uma das maiores exchanges de derivativos de criptomoedas, atraindo usuários globais, incluindo dos EUA.
- Autoridades federais investigaram a BitMEX por operar sem programas de conformidade adequados.
- Em 2020, o Departamento de Justiça dos EUA e a CFTC abriram ações contra a exchange e seus fundadores.
- O caso marcou uma das primeiras vezes em que o governo federal buscou penalidades criminais contra operadores de exchanges de criptomoedas.