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Supremo tribunal de Montenegro dá luz verde à extradição de Do Kwon para os EUA

O Supremo Tribunal de Montenegro decidiu extraditar o ex-magnata da criptografia Do Kwon para os EUA em vez de seu país natal, Coreia do Sul, mídia local relatado em 21 de fevereiro.

A decisão marca uma reviravolta crucial na saga jurídica internacional em torno de Kwon, o fundador da Laboratórios Terraform, que enfrenta acusações relacionadas a crimes financeiros em ambos os países. O cronograma para sua extradição não é claro e pode levar várias semanas ou meses para ser finalizado.

Os processos de extradição podem variar em duração e complexidade, dependendo dos quadros jurídicos, da cooperação entre os países envolvidos e de quaisquer potenciais recursos ou outras ações legais que possam ser tomadas pelas partes envolvidas.

Dada a natureza de grande visibilidade do caso de Kwon e o envolvimento de múltiplas jurisdições, é provável que o processo de extradição seja monitorizado de perto e sujeito a procedimentos rigorosos para garantir a sua legalidade e justiça.

Considerações políticas

O tribunal de recurso já tinha instruído o Tribunal Superior a determinar se Kwon seria extraditado para a Coreia do Sul ou para os EUA, uma vez que ambos os estados tinham feito pedidos oficiais. Embora as decisões iniciais confirmou a elegibilidade para a extradição de Kwon, a decisão sobre para onde enviá-lo foi deixada ao Ministro da Justiça, Andrej Milović.

No entanto, o tribunal de recurso posteriormente anulou a decisão e esclareceu que o papel de tomada de decisão do Ministro da Justiça só se aplica em processos regulares de extradição. Como Kwon consentiu na extradição num processo acelerado, a decisão final coube ao tribunal.

A defesa de Kwon, liderada pelo advogado Goran Rodić, defendeu a extradição do seu cliente para a Coreia do Sul com base em fundamentos legaisincluindo a Convenção Europeia de Extradição, um acordo bilateral com a América e a lei do Montenegro sobre assistência jurídica internacional.

Apesar destes argumentos, o tribunal decidiu extraditar Kwon para os EUA, reflectindo considerações políticas mais profundas, uma vez que Milović afirmou anteriormente que os EUA são o principal parceiro de política externa do Montenegro.

Documentos falsos

A saga começou quando Kwon e seu associado Han Chang Jun foram presos em março do ano passado no aeroporto de Podgorica, tentando voar para Dubai com passaportes costarriquenhos falsos.

Uma investigação mais aprofundada revelou que também possuíam documentos de viagem belgas, que alegavam ter obtido através de uma agência em Singapura para viagens globais.

Durante o processo judicial em Podgorica, Kwon explicou que os passaportes belgas tinham nomes e datas de nascimento incorretos, por isso optaram por usar os passaportes da Costa Rica para viajar.

Kwon afirmou ainda que não sabia que os passaportes da Costa Rica eram falsos, pois a agência emissora parecia legítima.

Ele disse que sua confiança na agência emissora se baseava em pedidos anteriores bem-sucedidos, incluindo um pedido negado de passaportes para Granada, mas aprovado para a Costa Rica, o que aumentou sua confiança na confiabilidade da agência.

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