O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a acareação entre o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid, e o general Braga Netto para a próxima terça-feira, dia 24 de junho. A decisão ignora o pedido da defesa do general, que havia solicitado o adiamento da audiência para sexta-feira (27) devido a uma viagem internacional previamente agendada pelo advogado principal, José Luis de Oliveira Lima.
Moraes justificou sua decisão afirmando que Braga Netto é assistido por uma banca composta por seis advogados e que outros representantes podem participar da acareação. “Verifico, portanto, que o réu Braga Netto está devidamente assistido por seis advogados, sendo que os demais patronos, inclusive, participaram de várias audiências em que foram realizadas oitivas de testemunhas de acusação e defesa“, afirmou o ministro.
DINHEIRO EM SACOLA
De acordo com os advogados do general, a acareação é necessária devido às divergências nos interrogatórios de Braga Netto e de Cid. Ambos são réus na ação penal que investiga a trama golpista. A defesa sustenta que são necessários esclarecimentos sobre as acusações de que Braga Netto teria discutido o plano Punhal Verde e Amarelo – um planejamento golpista que visaria assassinar autoridades – e que teria entregado a Cid dinheiro em uma sacola de vinho.
Na semana passada, Braga Netto foi interrogado por Alexandre de Moraes e negou ter conhecimento do Punhal Verde Amarelo e de ter repassado dinheiro a Mauro Cid em uma sacola de vinho. O valor seria destinado a militares de um esquadrão de elite do Exército, conhecidos como “kids pretos”.
O general Braga Netto está preso desde dezembro do ano passado, sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado e de tentar obter detalhes dos depoimentos da delação de Mauro Cid.
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