O tenente-coronel Mauro Cid teve sua prisão revogada na manhã desta sexta-feira (13), apenas minutos depois de ter sido decretada. A decisão ocorreu no âmbito da investigação que mira o ex-ministro do Turismo Gilson Machado, suspeito de tentar obter um passaporte português para Cid.
Apesar da revogação, Cid deve ser levado ainda hoje para a sede da Polícia Federal (PF), em Brasília, para prestar um novo depoimento. A previsão é que a oitiva aconteça ainda na manhã desta sexta-feira.
Mauro Cid foi preso em sua casa, no Setor Militar Urbano (SMU), em Brasília, por policiais federais. Logo em seguida, a prisão foi revogada. Mais cedo, a PF prendeu Gilson Machado em Recife (PE).
GILSON MACHADO E PASSAPORTE
Nesta semana, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, solicitou ao STF a abertura de um inquérito contra Gilson Machado. As acusações são de obstrução de investigação de organização criminosa e favorecimento pessoal.
O requerimento da PGR se baseia em informações da PF de que Machado teria atuado, em 12 de maio, para conseguir a expedição de um passaporte português para o tenente-coronel Mauro Cid junto ao consulado de Portugal no Recife (PE). O objetivo seria viabilizar sua saída do território nacional.
Além disso, a PF também investiga uma campanha de arrecadação de doações em dinheiro promovida por Machado em seu perfil no Instagram, que seria destinada a Bolsonaro.
No pedido da PGR ao Supremo, Gonet afirma que Machado não conseguiu emitir o documento para Cid, mas a PF ainda considera que ele busque alternativas junto a outras embaixadas e consulados para essa finalidade.
Para o procurador-geral, essas informações levantam suspeitas de que Machado estaria agindo para obstruir a ação penal sobre a tentativa de golpe. A PGR pediu ao ministro Alexandre de Moraes não apenas a abertura do inquérito, mas também a autorização para medidas de busca e apreensão.
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