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Soldado dos EUA é condenado a quase quatro anos de prisão na Rússia, diz a mídia estatal

Um tribunal russo condenou nesta quarta-feira (19) um soldado norte-americano a três anos e nove meses numa colônia penal sob a acusação de roubo e ameaça de homicídio, informou a agência de notícias estatal RIA Novosti.

Sargento Gordon Black foi preso em maio sob acusação de roubo na cidade de Vladivostok, no extremo leste, para onde foi feita a visita a uma mulher, que se acredita ser sua namorada.

Ele foi acusado de roubar 10 mil dólares (cerca de R$ 638) quando visitou a Rússia em abril, depois de conhecer a Coreia do Sul, informou anteriormente a agência de notícias estatal TASS.

Black também foi acusado de atacar uma mulher durante uma briga.

O soldado norte-americano não admitiu as acusações de ameaçar matar uma mulher, mas admitiu parcialmente a culpa pelas acusações de roubo, informou anteriormente à RIA Novosti.

O soldado vai apelar da sentença proferida pelo tribunal de Vladivostok, informou seu advogado nesta quarta-feira, segundo a TASS.

Falando ao Tribunal Distrital de Pervomaisky na segunda-feira, Black disse que tirou o dinheiro da bolsa da mulher, mas no dia seguinte transferiu US$ 125 para ela. Ele disse que gastou o dinheiro com comida e três noites em um hotel, segundo a RIA.

O soldado americano Gordon Black, detido na Rússia / Reuters

Ele também disse que a mulher deveria cobrar um depósito de 10 mil recebidos do proprietário após o termo do aluguel do apartamento pelo que ele estava pagando, disse a RIA.

A mulher também falou em tribunal na segunda-feira, dizendo que ainda não estava pronta para se reconciliar com Black, uma vez que os danos ainda não tinham sido compensados.

A sentença de Black ocorre num contexto de crescentes crescentes entre Washington e Moscou, à medida que a invasão da Ucrânia pela Rússia continua.

Vários americanos estão detidos na Rússia, incluindo dois que foram declarados como detidos injustamente pelo Departamento de Estado dos EUA – o ex-fuzileiro naval Paul Whelan e o repórter do Wall Street Journal Evan Gershkovich.

Paul Whelan, um ex-fuzileiro naval dos EUA acusado de espionagem e preso na Rússia / Kirill Kudryavtsev/AFP/Getty Images

Gershkovich, de 32 anos, será julgado a portas fechadas na cidade de Yekaterinburg a partir de 26 de junho, informou a TASS na segunda-feira, citando o serviço de imprensa do tribunal.

Repórter Evan Gershkovich em Moscou / 10/10/2023 REUTERS/Evgenia Novozhenina

O jornalista está preso desde que foi detido durante uma viagem de reportagem em março do ano passado pelo FSB, o serviço de segurança federal da Rússia, que o acusou de tentar obter segredos de Estado. Se condenado, ele pode pegar até 20 anos de prisão.

Gershkovich, o governo dos EUA e o Wall Street Journal negaram veementemente as acusações contra ele.

A Casa Branca alegou anteriormente que o Kremlin está usando Gershkovich, o primeiro repórter americano detido na Rússia sob acusações de espionagem desde a Guerra Fria, como refém geopolítico.

O governo dos EUA alertou repetidamente os cidadãos americanos para não viajarem para a Rússia.

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