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Sem chuva e com incêndios, número de mineiros sem energia elétrica triplicada em julho

A seca prolongada em Minas Gerais, que já dura mais de 130 dias, segundo a Defesa Civil do Estado, combinada com o aumento de incêndios, investigada em um número de consumidores sem fornecimento de energia elétrica três vezes maior em julho, quando comparado ao acumulado do primeiro semestre inteiro.

Dados divulgados pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), com exclusividade à CNNmostram que 159.505 unidades consumidoras foram afetadas somente no último mês. Esse número é mais de três vezes superior ao registrado no primeiro semestre do ano, quando pouco mais de 45 mil consumidores tiveram o serviço interrompido devido a incêndio.

Na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), o impacto foi significativo, com 10 mil unidades adicionais afetadas em comparação ao semestre anterior. Em julho, mais de 15 mil clientes da RMBH enfrentaram danos indiretos em 24 ocorrências, enquanto a Zona da Mata Mineira foi a mais atingida, com mais de 66 mil consumidores prejudicados.

A falta de chuvas agravou a situação, contribuindo para o aumento das queimadas, que não apenas prejudicam o fornecimento de energia, mas também causam sérios danos à flora e fauna da região, segundo o órgão estadual.

O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais registrou mais de 16 mil focos de incêndio de janeiro a agosto deste ano. De acordo com Demetrio Aguiar, engenheiro de Sustentabilidade da Cemig, as queimadas impactam diretamente no sistema elétrico, danificando postes, cabos e torres, o que prolongam a interrupção do serviço e causam transtornos aos consumidores.

“As chamas danificam equipamentos e o alto volume de fumaça podem causar sérios danos à saúde, especialmente nesta época do ano, quando as doenças respiratórias são mais comuns. É fundamental que as pessoas se conscientizem sobre os impactos de suas ações, evitando iniciar focos de incêndio que podem causar grandes estragos”, alerta Aguiar.

Além disso, Aguiar ressalta que as queimadas ocorrem frequentemente em áreas de difícil acesso, dificultando o trabalho das equipes de manutenção e o restabelecimento do serviço.

“Um dos maiores desafios é chegar ao local da ocorrência. Normalmente, esses são locais de difícil acesso, em áreas rurais extensas. Transportar estruturas pesadas, como torres e postes, em terrenos acidentados, torna a manutenção das redes ainda mais complexas”, explica.

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