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Ryan Salame da FTX enfrenta sanções após admissão de perjúrio

Antigo FTX executivo Ryan Salame enfrenta possíveis sanções após admitir ter feito declarações falsas durante sua confissão de culpa em 2023 por crimes de financiamento de campanha e transferência de dinheiro.

O juiz distrital dos EUA Lewis Kaplan, que supervisiona o caso, expressou preocupações sobre o depoimento anterior de Salame, no qual ele negou quaisquer promessas feitas pelos promotores para garantir sua confissão.

Preocupações com perjúrio

Na audiência de 12 de setembro em Manhattan, Salame reconheceu que havia mentido para o tribunal durante sua audiência de confissão de culpa no ano passado. Ele havia testemunhado anteriormente que os promotores federais não haviam feito promessas para garantir sua confissão de culpa.

No entanto, Salame desde então alegou que foi informado por seus advogados que o governo interromperia a investigação sobre sua parceira, Michelle Bond, se ele concordasse em se declarar culpado. Essa revelação contradiz seu testemunho anterior, levantando preocupações de perjúrio.

Kaplan expressou frustração significativa com a admissão de Salame e observou que isso representa um “grande problema”. Ele explicou que o falso testemunho poderia minar a validade de sua condenação e sentença, pois foi baseado em informações incorretas.

Kaplan deixou claro que Salame o havia enganado ao inicialmente negar quaisquer promessas feitas pelos promotores em troca de sua confissão de culpa, uma ação que poderia levar a mais consequências legais — incluindo sanções potencialmente severas.

O juiz, que anteriormente sentenciou Salame a 90 meses de prisão por seu papel no colapso da FTX, disse que precisaria de tempo para determinar os próximos passos apropriados. Além disso, em um desenvolvimento não relacionado, Kaplan ordenou que Salame se apresentasse para sua sentença em 11 de outubro em vez do dia 13 de outubro previamente agendado, já que a última data é um domingo.

Acusação de fiança

As complicações em torno do caso de Salame se intensificaram após a acusação de sua parceira, Michelle Bond, uma ex-candidata à Câmara dos Representantes dos EUA. Os promotores alegam que Salame conspirou com Bond para fazer contribuições ilegais para sua campanha para o Congresso em 2022.

De acordo com os autos do processo, Salame supostamente transferiu quantias substanciais de dinheiro da FTX para a conta bancária pessoal de Bond, que foram então usadas para financiar sua campanha política.

Bond foi indiciado por violações de financiamento de campanha em agosto, um acontecimento que ocorreu logo após a equipe jurídica de Salame ter solicitado anular sua declaração de culpa. Seus advogados argumentaram que os promotores federais não cumpriram seu acordo de encerrar a investigação sobre Bond.

Entretanto, logo após a acusação de Bond, Salame retirou sua moção para anular a alegação, afirmando que não pretendia mais prosseguir com esse curso de ação.

O Juiz Kaplan ordenou que Salame comparecesse à audiência de 12 de setembro para esclarecer as discrepâncias em suas declarações. Apesar dos desenvolvimentos recentes, Salame reiterou que não tentaria desfazer sua confissão de culpa.

A equipe jurídica de Salame não comentou os últimos acontecimentos em seu caso, enquanto o juiz Kaplan indicou que levaria tempo para considerar quais ações, incluindo possíveis sanções, poderiam ser justificadas.

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