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Quando podiam invisibilizadas começam a ganhar força, provocam terremoto social, diz psicólogo

A reação raivosa ao empoderamento de grupos sociais antes considerados invisíveis parece um atraso, mas não é. A observação é do psicólogo Alexandre Coimbra, em entrevista à CNN Rádio.

Coimbra cita a filósofa norte-americana Angela Davis para comparar a voz adquirida por minorias a um “terremoto” que abala a base da sociedade inteira e incomoda quem ainda carrega discriminações.

“É uma voz querendo calar a outra voz que está se empoderando”, explica Alexandre Coimbra. “Isso faz parte do processo de evolução da sociedade. A gente precisa continuar seguindo firme na mesma condução, dizendo a que veio”.

O psicólogo afirma que o mundo todo tem vivido “terremotos” semelhantes, e que a reação dos preconceituosos também ganhou força em outros países.

“Esses últimos anos foram do orgulho da orelha”, declara. “A jovens passaram a ser colocadas como uma força fálica, como uma forma de demonstrar o poder sobre os outros. E é um poder que oprime e deixa a outra pessoa numa condição inferior”.

Para Alexandre Coimbra, o combate às discriminações é papel também do poder público, e não apenas das famílias.

“A gente está entendendo que convivência é uma matéria de escola. Muitas pessoas acham que é questão de bom senso, mas não se trata de uma atitude intuitiva do humano”, avalia o psicólogo, que alega que as crianças sustentado na sociedade brasileira aprendendo a dividir as pessoas por autoridade e excluir umas das outras.

“Elas precisam de uma educação que faz o caminho contrário ao que a cultura quer ensinar”.

Coimbra pondera que essa transformação vai levar muitos anos, afirmando que ela desmonta aos poucos preconceitos construídos e sustentados ao longo de séculos no Brasil.

O psicólogo menciona casos especificamente brasileiros, como a desumanização de negros escravizados e indígenas pelos colonizadores europeus.

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