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Protestos contra acordo Mercosul-UE na Espanha reúnem centenas de agricultores

Centenas de agricultores espanhóis protestaram nesta segunda-feira (16) em frente ao Ministério da Agricultura contra o acordo entre União Europeia e Mercosul que, segundo eles, levariam a preços baratos de commodities sul-americanas.

Os produtores rurais gritaram contra o acordo de livre comércio, adiado há muito tempo, fechado na sexta-feira (6).

Os agricultores europeus protestaram repetidamente contra a decisãoque eles dizem não atender aos padrões verdes e de segurança alimentar da UE.

A Espanha, assim como a Alemanha, afirma que a negociação é vital para o bloco, que busca diversificar suas negociações após o quase fechamento do mercado russo e o desconforto com a dependência da China.

Ó acordo comercial é, no entanto, apenas o começo que pode ser um longo caminho para vencer a realidade.

Ele precisa ser legalizado, traduzido e então aprovado pelos países-membros, e pode até ser bloqueado, com a França como o oponente mais feroz.

Acordo fechado após 25 anos

Os líderes do Mercosul e da União Europeia (UE) anunciaram no início do mês o acordo de livre comércio entre os blocos econômicos.

Durante a cerimônia de abertura, a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, disse que o acordo cria uma das maiores alianças de comércio do mundo.

Desde 1999, o Mercosul e a União Europeia (UE) trabalham na construção de um acordo de livre comércio entre os dois blocos.

Apesar do anúncio, ainda existem procedimentos a serem realizados antes que o acordo entre em vigor.

Quando o acordo passa a valer?

O acordo entrará em vigor e terá validade jurídica no primeiro dia do mês seguinte à notificação da conclusão dos trâmites internos.

Como o tratado entre os blocos econômicos estabelece a possibilidade de vigência bilateral, bastaria que a UE e ou qualquer país do Mercosul concluísse o processo de ratificação para o acordo passar a valer.

Quais são os próximos passos?

  • Revisão legal – o processo específico para garantir a consistência, correção linguística e estrutural aos textos do acordo. Esta etapa está avançada, segundo comunicado do Palácio do Planalto;
  • Tradução – concluída a etapa anterior, o acordo passará por tradução do inglês para as 23 línguas oficiais dos países da UE e as duas línguas oficiais do Mercosul;
  • Assinatura – A assinatura será realizada após conclusão da revisão legal e traduções do Acordo;
  • Internalização – Após assinatura, o acordo será direcionado para os respectivos processos internos de aprovação dos blocos e países. No Brasil, os Poderes Executivo e Legislativo, por meio da aprovação do Congresso Nacional, são os responsáveis ​​por essa etapa.
  • Ratificação – as partes notificam sobre a conclusão dos respectivos trâmites internos e confirmam, por meio da ratificação, seu compromisso em cumprir o acordo.

O que foi adicionado ao acordo?

Ambos os lados aceitaram incorporar o acordo, especialmente nas áreas de comércio e desenvolvimento sustentável, mecanismo de reequilíbrio de concessões, cooperação e revisão.

Houve uma adaptação dos termos que foram pactuados anteriormente, a fim de torná-lo mais adequado ao quadro político e econômico atual, com destaque para áreas de compras governamentais, comércio de veículos e exportações de minerais críticos.

*Com informações da Reuters

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