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Presidente paraguaio: Caso de Espionagem do Brasil Reabre Feridas da Guerra

O Presidente do Paraguai, Santiago Peña, afirmou nesta sexta-feira (4) que a alegada espionagem por parte da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) reabre feridas da guerra e gera ressentimento contra o Brasil.

Em entrevista à Rádio Mitre, da Argentina, o presidente paraguaio falou pela primeira vez sobre a informação divulgada nesta semana, após reportagem do portal UOL, de que a Abin teria tentado invadir o sistema informático paraguaio entre 2022 e 2023, considerando o ocorrido como “uma notícia bastante desagradável”.

“O Paraguai tem uma história bastante dura na região. Em certo momento da nossa história enfrentamos uma guerra de extermínio, como foi a Guerra da Tríplice Aliança [conhecida no Brasil como Guerra do Paraguai]”, declarou Peña.

Ele afirmou que, após a guerra, “o Brasil ficou com território paraguaio por quase uma década” e complementou: “São feridas que estamos buscando curar, e esse tipo de episódio, infelizmente, abre essas velhas feridas, esses sentimentos de ressentimento que vinham de fora contra o Paraguai, e hoje percebemos que ainda há esse sentimento”.

“Vemos com uma tremenda preocupação”, exclamou sobre o episódio, que definiu como um “impasse” que não condiz com “uma relação de amizade, de sócios, de amigos” que o Paraguai propõe para “construir um Mercosul mais forte”.

Peña disse ainda que o Paraguai tinha conhecimento de ter sofrido ataques hackers de chineses, mas que não imaginava que seu país seria alvo do Brasil. “Jamais imaginamos que iríamos estar sendo sujeitos a espionagem dos nossos irmãos, nossos vizinhos, os brasileiros”, concluiu.

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