Jorge Rodriguez foi reeleito como presidente da Assembleia Nacional da Venezuela neste domingo (5) durante a sessão de abertura do período legislativo de 2025.
Este é o quinto ano consecutivo que Rodriguez liderou a assembleia de maioria chavista.
Na cerimônia de posse, Rodriguez prometeu derrotar o “extremismo” e aqueles que “ameaçam” o direito de “viver livre, soberano e independente para sempre”.
O atual líder venezuelano, Nicolás Maduro, deve ser empossado mais uma vez como presidente para o mandato de 2025 a 2030 perante a Assembleia Nacional Venezuelana nesta sexta-feira (10).
Entenda a crise na Venezuela
A oposição venezuelana e a maioria da comunidade internacional não autorizar os resultados oficiais das eleições presidenciais de 28 de julho, anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que deu vitória a Nicolás Maduro com mais de 50% dos votos.
Os resultados da CNE nunca foram corroborados com a divulgação das atas eleitorais que detalham a quantidade de votos por mesa de votação.
A oposição, por sua vez, publicado como atas que diz ter recebido dos seus fiscais partidários e que dariam a vitória por quase 70% dos votos do ex-diplomata Edmundo González, aliado de María Corina Machado, líder opositor que foi impedido de se candidatar.
O chavismo afirma que 80% dos documentos divulgados pela oposição são falsificados. Os aliados de Maduro, no entanto, não mostram nenhuma informação eleitoral.
O Ministério Público da Venezuela, por sua vez, iniciou uma investigação contra González pela publicação das atas, alegando usurpação de funções do poder eleitoral.
O opositor foi intimado três vezes a prestar depoimento sobre a publicação das atas e acabou se asilando na Espanha no início de setembroapós ter um mandado de prisão emitido contra ele.
Diversos opositores foram presos desde o início do processo eleitoral na Venezuela. Só depois do pleito de 28 de julho, pelo menos 2.400 pessoas foram presas e 24 morreram, segundo organizações de Direitos Humanos.