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Presidente afastado da Coreia do Sul é preso após segunda operação policial, diz agência

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, foi preso nesta quarta-feira (15), no horário local, após o cumprimento de um mandato por parte das autoridades sul-coreanas, informou a agência de notícias Yonhap.

Uma agência anticorrupção que investiga o breve decreto da Lei Marcial em 3 de dezembro também confirmou a prisão de Yoon em uma declaração, de acordo com a Reuters.

Esta foi a segunda tentativa de prender o Yoon Suk Yeol, que está distante da carga. As autoridades conseguiram entrar na residência presidencial nesta quarta-feira, após confrontos com apoiadores de Yoon que fizeram uma barreira na entrada da casa do presidente afastado.

Yoon estava sob investigação criminal por possíveis acusações de insurreição, em função de sua tentativa de impor a Lei Marcial em dezembro.

O mandato foi cumprido por funcionários do Gabinete de Investigação de Corrupção para Altos Funcionários, órgão que lidera uma equipe de investigadores que inclui a polícia e promotores.

Anteriormente a polícia já havia tentado, mas não conseguiu invadir o gabinete presidencial como parte da investigação devido ao bloqueio do serviço de segurança de Yoon ao acesso.

Durante semanas, o presidente isolado ficou confinado na residência fortificada, cercado por sua equipe do Serviço de Segurança Presidencial, evitando ser preso enquanto enfrentava diversas investigações e um julgamento de impeachment após seu breve decreto.

Os advogados de Yoon reiteraram que o mandado de prisão é “ilegal e inválido” e prometeram tomar medidas legais contra sua execução. Os apoiadores do presidente afastados também insistiram que as ações que estão sendo tomadas contra ele são contrárias à lei sul-coreana.

Yoon interpôs diante das investigações e do julgamento de impeachment em andamento por um dos mais altos tribunais do país.

O ex-promotor que se tornou político foi destituído de seus poderes presidenciais no mês passado depois que o Parlamento votou por seu impeachment. O Tribunal Constitucional do país agora tem uma palavra final sobre se ele será formalmente removido ou reintegrado.

O primeiro dia do julgamento de impeachment de Yoon começou nesta terça-feira (14), mas terminou depois de apenas quatro minutos quando o presidente se afastou se decidiu a aparecer. O julgamento, que pode levar até seis meses, está programado para ser retomado nesta quinta-feira (16) e terá obrigações com ou sem a presença de Yoon.

Nas semanas desde a declaração da Lei Marcial, o país tem estado em desordem política com o Parlamento também votando pelo impeachment de seu primeiro-ministro e presidente interino Han Duck-soo, poucas semanas após ter votado pelo impeachment de Yoon. O ministro das Finanças Cho Sang-mok é agora presidente interino.

O Tribunal Constitucional prometeu considerar o caso contra Yoon como uma “prioridade máxima”, juntamente com outros casos de impeachment que a oposição movimentou contra membros do governo de Yoon, incluindo o ministro da Justiça, promotores e outros altos funcionários.

O que é a Lei Marcial

A Lei Marcial é aplicada em situações “excepcionais”, como a eclosão de uma guerra ou em caso de desastres naturais e catástrofes, por exemplo. Ela permite, entre outras coisas, que as autoridades restrinjam a circulação e estabeleçam toques de instalação, confinando as pessoas em suas casas.

O portal da Câmara dos Deputados do Brasil define como algo que “submete, durante o estado de guerra, todas as pessoas a um regime especial, com a suspensão de garantias civis e políticas, asseguradas, em tempos normais, pelas leis constitucionais”.

Com informações da Reuters e da CNN Internacional.

Saiba o que é Lei Marcial, medida decretada na Coreia do Sul

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