Um censo do projeto brasileiro Onças do Iguaçu em parceria com a entidade argentina Yguaraté mostrou que o número de animais não Parque do Iguaçuna fronteira entre os dois países, mais do que dobrou em quase 20 anos.
Atualmente, cerca de 93 onças-pintadas vivem na região, segundo o mapeamento de uma área de mais de 582 mil hectares. Em 2005, uma população consistia em cerca de 40 animais. Este foi o maior levantamento realizado por instituições.
O estudo foi elaborado a partir de dois censos bianuais simultâneos nos dois países. Nos últimos 20 anos, os projetos monitoraram as onças-pintadas que vivem na região do Corredor Verde, o maior núcleo de concentração dos felinos na Mata Atlântica.
Apesar do aumento, o número ainda é bastante inferior aos anos anteriores. Entre 1990 e 1995, estima-se que o Parque Nacional do Iguaçu abrigava entre 400 e 800 onças-pintadas.
As principais causas desse declínio, segundo os projetos, foram a caça e o abatimento devido à predação de gado. No Brasil, o queixada, um mamífero que é o principal item alimentar da onça-pintada, foi extinto por cerca de 20 anos, até 2016.
Para a conclusão do estudo, foram observados 224 pontos diferentes no território brasileiro e argentino ao longo de quatro meses consecutivos, e mais de 450 mil imagens foram estrangeiras.
Após compilar todos esses materiais, foi feito um cruzamento de informações com base na quantidade de hectares cobertos pela absorção e na quantidade de onças diferentes registradas.
O resultado gera uma faixa populacional, ou seja, um índice que mostra o número mínimo e máximo de animais existentes, sendo impossível atingir um número exato.
O Corredor Verde abriga cerca de um terço de todas as onças-pintadas da Mata Atlântica. Segundo as organizações, é a região com o habitat mais adequado para essa espécie.
“É animador o fato de que, após a grande queda populacional sofrida na década de 90, a população de onças-pintadas no Corredor Verde vem se recuperando há mais de uma década, tendo dobrado entre 2005 e 2016. A partir de 2016, a a população parece estar estabilizada em valores próximos a 100 animais”, afirmou Yara Barros, coordenadora executiva do Projeto Onças do Iguaçu.
(Publicado por Gabriel Bosa)
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