Pesquisa revela uso crescente de inteligência artificial no Judiciário brasileiro

Pesquisa revela uso crescente de inteligência artificial no Judiciário brasileiro

Uma pesquisa conduzida pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revelou que 27% dos magistrados e 31% dos servidores do Judiciário brasileiro utilizam ferramentas de inteligência artificial (IA) em suas atividades profissionais. O estudo, intitulado O uso da Inteligência Artificial Generativa no Poder Judiciário, mostra que, embora o uso seja esporádico – com 70% dos respondentes afirmando que utilizam a IA “raramente” ou “eventualmente” –, a tecnologia começa a ganhar espaço no setor.

A maioria dos magistrados e servidores entrevistados demonstrou confiança no potencial da IA generativa, especialmente para funções que envolvem tecnologia da informação, análise de dados e busca de jurisprudência. Essas áreas foram destacadas como as que mais podem se beneficiar da aplicação da IA, proporcionando agilidade e eficiência no processamento de informações.

O levantamento foi conduzido por Olívia Gomes Pessoa, do Departamento de Pesquisas Judiciárias (DPJ/CNJ), e Juliano Maranhão, professor da Universidade de São Paulo (USP). Eles analisaram as respostas de 1.681 magistrados e 16.844 servidores. Embora os resultados não possam ser generalizados para todo o Judiciário – devido à ausência de uma técnica de amostragem –, os dados oferecem uma visão significativa sobre o impacto e as perspectivas futuras da inteligência artificial no sistema judiciário.

“A utilização de IA pode ser uma ferramenta valiosa para otimizar a rotina judicial, especialmente em áreas críticas como a busca de jurisprudência e o tratamento de grandes volumes de dados”, afirmaram os pesquisadores, reforçando a importância de políticas judiciárias que incentivem o uso de tecnologias emergentes.

O estudo sugere que, com a crescente digitalização do Judiciário e o aumento das demandas por celeridade processual, a IA pode se tornar uma aliada estratégica, contribuindo para maior eficiência e qualidade nas decisões judiciais.

Fonte
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