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Pequenos emissores Muni veem um potencial ganho inesperado de 620% para seus contribuintes

Atualmente em tramitação no Senado, o Lei de Transparência de Dados Financeiros (S. 4295 – “FDTA”) é a legislação que leva os relatórios financeiros de empresas e municípios para o próximo nível. Ele inaugura a implementação de relatórios financeiros digitalizados e legíveis por máquina, totalmente baseados em informações existentes que já são coletadas e necessárias, e tornando-as disponíveis para qualquer pessoa gratuitamente.

Para o mercado de títulos municipais, onde a divulgação sempre foi e continua sendo uma luta, essa legislação é potencialmente transformadora. Ele cria acesso e transparência nos relatórios financeiros do governo que, embora seja o padrão para empresas públicas, não tem precedentes no setor público.

Um benefício para os pequenos municípios

Também é potencialmente uma benção para pequenos emissores de títulos municipais. A Lei de Transparência de Dados Financeiros tem o potencial de gerar um retorno de 620% sobre o investimento para pequenos emissores de títulos municipais. Difícil de acreditar? Leia.

O mercado de títulos municipais, com mais de 50.000 entidades municipais, é a fonte de capital para municípios, organizações sem fins lucrativos e autoridades públicas. No acumulado do ano, mais de 7.600 emissores venderam quase US$ 323 bilhões em títulos para emprestar fundos para projetos como hospitais, escolas, prefeituras e outros fins públicos.

Ano após ano, o maior número de mutuários são emissores de dívida menores ou infrequentes. Até agora, em 2022, metade do mercado estava em emissores com financiamentos de títulos abaixo de US$ 10 milhões. Aumente esse número de emissores para emissões de títulos abaixo de US$ 50 milhões, e 83% da emissão de mercado foi desses tomadores menores ou pouco frequentes.

Traduzindo isso em dólares dos emissores, havia US$ 76,6 bilhões em títulos vendidos por esses emissores este ano até agora.

Acertar na primeira vez

Se você é o chefe financeiro de uma pequena cidade, vila ou autoridade local, provavelmente só precisa tomar emprestado uma ou duas vezes por década para financiar, digamos, uma estação de tratamento de água ou um prédio de segurança pública. Você tem apenas uma chance de acertar – emitir títulos com a melhor taxa de juros. Se você errar, mesmo que seja por apenas alguns 1/100 de 1% (conhecido como um ‘ponto-base’ em bond-speak), esse custo adicional está saindo do seu orçamento e dos dólares dos contribuintes para os bolsos dos detentores de títulos pelos próximos 30 anos.

Além disso, os investidores sabem que, uma vez que compram um título de um pequeno emissor ou de uma pequena emissão, geralmente não podem negociar prontamente esses títulos sem receber um desconto substancial no valor. Além disso, a divulgação de acompanhamento do emissor pode nem ser exigida. Isso significa que o mercado não terá informações financeiras críticas, dificultando a obtenção de um valor preciso ou mesmo justo de seus títulos.

Da mesma forma, os investidores cobram o que é conhecido como ‘prêmio de liquidez’ – uma taxa de juros mais alta que cobra pela falta de capacidade de vender, rastrear ou obter uma avaliação precisa dos títulos. Como você verá, isso significa que milhões de dólares que poderiam ser usados ​​para fins públicos vão para os detentores de títulos, não para a comunidade.

Virando as Mesas

A Lei de Transparência de Dados Financeiros poderia mudar isso. O FDTA traz a divulgação para a era digital, definindo tags de dados com base nas informações financeiras existentes coletadas por um município ou autoridade pública.

Ter dados estruturados, categorizados por regras contábeis estabelecidas (ou seja, GAAP ou GASB), e relatados em formato digital, torna mais simples para um pequeno mutuário coletar, preparar e, com um clique, enviar. É a tríade de velocidade, eficiência e transparência.

Faça as contas: 2/100 de 1% = $ 716.500

O que isso se traduz em colocar os dólares dos contribuintes de volta no orçamento? Em um ambiente de taxas de juros crescentes, onde cada ponto-base importa, digamos que essa informação melhor reduza o prêmio de liquidez em apenas dois pontos-base modestos — 2/100º de 1% – em um título de 30 anos.

Esse é um lucro inesperado de US$ 716.500 por pequeno emissor. É como um bilhete de loteria premiado pagando cerca de US$ 24.000 por ano por 30 anos de volta à comunidade. Isso nem conta a economia de simplificar os processos existentes, complicados e demorados, que exigem arquivamento em papel ou PDF.

Olhando um cavalo de presente na boca

Claro, sempre há aqueles que vão olhar um cavalo de presente na boca. Uma associação profissional financeira do governo alegou que atualizar a tecnologia legada ultrapassada existente para gerar relatórios legíveis por máquina significará que alguns municípios podem ter que investir entre US$ 50.000 a US$ 100.000 no mínimo para atualizar esses sistemas.

Esses números são anedóticos na melhor das hipóteses ou enganosos na pior das hipóteses. De qualquer forma, infelizmente, eles refletem uma lamentável falta de compreensão de dados, marcação e tecnologia. Como o Cato Institute observa corretamente, as linguagens de dados são apenas sistemas de marcação aplicados a demonstrações financeiras finalizadas. As tags aplicadas aos relatórios são definidas pelos padrões de coleta de informações existentes pelo órgão governamental, o que significa que, em quase todos os casos, são enquadradas nos padrões GAAP.

Além disso, não apenas os requisitos de relatório permanecem os mesmos, mas eles recebem maior significado porque as tags legíveis por máquina são definidas para eles. Os sistemas de contabilidade em vigor permanecem como estão. Nenhum sistema de contabilidade precisa ser reescrito ou substituído.

Além disso, existem isenções de divulgação para alguns pequenos emissores de títulos. Esses emissores podem nem ser tocados pela legislação.

Por fim, uma pesquisa do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA) relata que a maioria das pequenas empresas públicas gasta menos de US$ 5.500 para cumprir o mandato de arquivamento digital da SEC. É difícil imaginar que um pequeno município precise mais de dez vezes o valor que uma pequena empresa pública faz para arquivar digitalmente, mesmo com o investimento inicial de atualização!

620% de retorno sobre o investimento

Mas vamos jogar junto de qualquer maneira. Mesmo no topo desses números, com uma recuperação anual de US$ 24.000, esse investimento inicial de US$ 100.000 é pago em pouco mais de 4 anos. Depois disso, em um título de 30 anos, os próximos 26 anos são poupanças gratuitas e claras que ficam nos cofres municipais. Os contribuintes obtêm um retorno líquido potencial de 620% sobre o investimento.

Agora, se o FDTA pode trazer esse tipo de retorno para os contribuintes por meio de melhores dados e tecnologia, espero que outra lei seja aprovada que ajude os retornos do mercado de ações da mesma maneira. Depois deste ano, meu portfólio com certeza precisa de um impulso.

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