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Parlamentar sueco se veste de drag queen para protestar contra a intolerância

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O vice-presidente da Câmara Municipal de Estocolmo (Suécia), Jan Jönsson, discutiu ao se vestir como uma drag queen para protestar contra a intolerância em seu país. O vereador do Partido Liberal postou um vídeo em seus perfis nas redes sociais, na última terça-feira (13), trajando um longo vestido azul, maquiagem carregada e uma peruca loira.

“Os contos de fadas não são perigosos para as crianças e nem como drag queens. Em contraste, o populismo e a intolerância destruíram os sonhos de muitos indivíduos ao longo da história”, afirma o parlamentar em texto que acompanha o vídeo. “Eles não ficaram satisfeitos até que o mundo inteiro esteja tão cinza e triste quanto o deles. Isso em um momento em que precisamos de mais glitter, amor e arco-íris”, completa no vídeo.

A postagem foi uma resposta às críticas que Jönsson recebeu a uma proposta cultural de sua autoria: um programa de incentivo à leitura voltado para crianças, em que a contação de histórias é feita por drag queens.

A iniciativa foi comprada por várias cidades e nos últimos anos se tornou uma onda cult no país. Com o passar do tempo, no entanto, foram surgindo críticas à medida por parte de conservadores. Integrante do partido de direita SD, o vereador Jonathan Sager deu declarações aos jornais locais classificando a iniciativa como “nojenta”. Ao jornal Dagens Samhälle, ele afirmou que sua legenda ia apurar os “gastos públicos com coisas impróprias”.

Mas o pior foram as ameaças de violência por parte de grupos radicais. Em 2020, um grupo de extrema-direita bloqueou bibliotecas nas cidades de Täby e Nykvarn. Ano passado, uma contação de histórias em Olofström deixou de acontecer de forma presencial e foi transformada a uma live pela internet como forma de desviar das constantes ameaças. Em algumas cidades foi preciso contratar seguranças e outras não tiveram outra saída a não ser cancelar as apresentações.

Toda a perseguição às medidas motivou Jönsson a gravar o vídeo. Para se “montar”, ele recorreu à vencedora do reality show Drag Race Suécia, Admira Thunderpussy. “Queremos defender as drag queens e o direito de todos se expressarem. Ninguém deveria hesitar em exercer seu direito à liberdade de expressão por medo”, disse à emissora TV4.

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