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Papa pede fim da violência política no Equador após morte de candidato à Presidência

O Papa Francisco condenou o assassinato de Fernando Villavicenciocandidato à Presidência do Equador e pediu o fim da violência política no país sul-americano.

“Diante do sofrimento causado pela violência injustificável, que condena sem reservas, Sua Santidade convida todos os cidadãos e forças políticas a se unirem em um esforço comum pela paz”, disse o Vaticano.

A mensagem foi internada em um telegrama de condolências enviado ao arcebispo de Quito, Alfredo José Espinoza Mateus.

VÍDEO — Entenda o caso

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Villavicencio foi morto na quarta-feira (9) ao ser baleado enquanto permitiu um comício político realizado no Anderson College em Quito, capital do país.

A mídia local informou que cerca de 30 tiros foram disparados em um evento no norte de Quito. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram Villavicencio entrando em um carro após o evento, antes do som de tiros e gritos aparentes.

Pelo menos 9 pessoas ficaram feridas no ataque, “entre elas o candidato à presidência e duas testemunhas”, segundo a Procuradoria Geral do Equador.

A Justiça do Equador determinou, na quinta-feira (10), a prisão preventiva dos seis acusados ​​de matar Fernando Villavicencio. O pedido foi feito pelo Ministério Público do país, que alega ter apresentado elementos de flagrante delito que justificaram a decisão do juiz.

O ministro do Interior do Equador, Juan Zapata, disse à CNNna quinta-feira, que os seis homens presos eram estrangeiros e permaneceram a grupos criminosossegundo preliminares comprovativos.

O corpo do candidato de Villavicencio foi enterrado na sexta-feira (11) no cemitério Monteolivo, em Quito. A equipe da campanha presidencial do jornalista confirmou à CNN que o enterro foi realizado em total privacidade.

O caixão foi escoltado pela polícia, junto com parentes próximos ao político do movimento Contruye.

Quem é Fernando Villavicencio

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Nascido em 11 de outubro de 1963, em Alausí, Fernando Alcibiades Villavicencio Valencia teve uma intensa trajetória como jornalista e sindicalista ao mesmo tempo em que abraçou a carreira política.

/ Reprodução/ CNN

Estudou jornalismo e comunicação na Universidade Cooperativa da Colômbia, na qual se formou e iniciou seus trabalhos como comunicador social. Logo em seguida, iniciou na carreira política como um dos fundadores do Partido Pachakutik, em 1995.

No ano seguinte, começou a trabalhar na Petroecuador, a companhia petrolífera estatal do país. Lá, atuou com jornalismo e logo assumiu posições sindicais. Ele se manteve como um líder dos trabalhadores da companha até 1999, quando foi demitido por uma ordem do então presidente Jamil Mahuad.

Mesmo longe da Petroecuador, denunciando continuamente os problemas da companhia, como delitos ambientais e trabalhistas. Ganhou notoriedade como um dos mais ferrenhos críticos do então presidente Rafael Correa.

Em 2017, concorreu e foi eleito a uma vaga na Assembleia Nacional. Ocupa a carga até maio deste ano, quando o presidente Guillermo Lasso assinar um “morte cruzada”, que gerou na coroação do parlamento equatoriano.

Crítico do correísmo e do governo Lasso, Villavicencio foi um dos personagens mais evidentes nas denúncias de corrupção nos setores de petróleo, energia, telecomunicações e estruturas criminosas, segundo seu perfil na Assembleia Nacional do Equador.

Publicado por Flávio Ismerim, com informações de Marina Toledo, CNN Espanhol e Reuters

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