A União Europeia, os EUA e outros países ricos concordaram em aumentar sua oferta de financiamento climático para US$ 300 bilhões por ano até 2035 para ajudar as nações em desenvolvimento a lidar com as mudanças climáticas, disseram fontes à Reuters neste sábado (23). Uma proposta anterior foi rejeitada como ofensivamente baixa.
A cúpula deveria ter terminado na sexta-feira (22), mas se alongou enquanto negociadores de quase 200 países – que deveriam adotar chegar ao acordo por consenso – tentar a um acordo sobre um plano de financiamento climático para a próxima década.
Uma proposta de acordo de US$250 bilhõeselaborado pela presidência do Azerbaijão na sexta-feira (22), foi considerado deploravelmente insuficiente pelos países em desenvolvimento.
Não estava claro se a posição revisada dos países ricos havia sido formalmente comunicada aos países em desenvolvimento na reunião na capital do Azerbaijão, Baku, e seria suficiente para ganhar o seu apoio.
As negociações da COP 29 ex estabelecidas as divisões entre os governos ricos limitados por orçamentos domésticos apertados e as nações em desenvolvimento abaladas pelos custos crescentes de tempestades, inundações e secas alimentadas pelas mudanças climáticas.
As falhas passadas no cumprimento das obrigações de financiamento climático também fizeram com que os países em desenvolvimento desconfiassem das novas promessas.
A nova meta pretende substituir o compromisso anterior dos países desenvolvidos de fornecer 100 bilhões de dólares em financiamento climático para as nações mais pobres por ano até 2020. Esse objetivo foi alcançado dois anos depois, em 2022, e expira em 2025.
Cinco fontes de conhecimento da divulgação de portas fechadas disseram que a UE concordou em aceitar o número mais alto de 300 bilhões de dólares por ano. Duas das fontes revelaram que os Estados Unidos, a Austrália e o Reino Unido também estavam de acordo.
Um porta-voz da Comissão Europeia e um porta-voz do governo australiano recusaram comentar as negociações. A delegação dos EUA na COP 29 e o Ministério da Energia do Reino Unido não responderam imediatamente aos pedidos de respostas.
Com nenhuma atualização formal ainda do rascunho do acordo da presidência da COP 29, o clima estava tenso entre os grupos de negociação.
“Não há nada claro sobre o caminho a seguir. Não há clareza sobre a vontade política que precisamos para sair disso”, disse o principal negociador do Panamá, Juan Carlos Monterrey Gomez.
Três negociadores descreveram o clima na sala como de confiança.
O ministro do meio ambiente da Serra Leoa, Abdulai Jiwon, decidiu comentar sobre o valor de 300 bilhões de dólares, dizendo: “Ainda estamos trabalhando no número com outras partes.”