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Stablecoins: Crescimento Impulsionado por Incertezas Globais e Adoção em Mercados Emergentes

Este artigo é um guest post de Maksym Sakharov, cofundador e CEO do Wefi Group, que analisa o crescimento do mercado de stablecoins em meio às incertezas econômicas globais e sua crescente adoção em mercados emergentes.

Incertezas Globais Impulsionam Interesse Institucional:

Os mercados globais enfrentam turbulências devido às tarifas impostas pelos EUA e às retaliações de parceiros comerciais. A incerteza, somada às pressões inflacionárias e ao debate fiscal nos EUA, gera nervosismo no mercado. No entanto, o setor de stablecoins apresenta crescimento constante, impulsionado por fluxos em USDT e USDC.

Domínio das Stablecoins Lastreadas em Dólar:

As stablecoins, antes um experimento, tornaram-se parte crucial da infraestrutura financeira digital. O mercado, com capitalização de US$ 226 bilhões, é dominado por stablecoins lastreadas em dólar, que representam 98% da oferta. O USDT da Tether detém 60% do mercado total. A pesquisa da Ark Invest prevê expansão do mercado para incluir stablecoins lastreadas em moedas asiáticas.

“Stablecoinização” e “Dollarização”:

O mercado de ativos digitais passa por “stablecoinização” e “dollarização”. Países asiáticos reduzem suas reservas em títulos do Tesouro dos EUA, a Arábia Saudita encerra o acordo do petrodólar e os países do BRICS buscam alternativas ao sistema SWIFT. As stablecoins, que representam 35% a 50% dos volumes de transação on-chain, superaram Bitcoin e Ether como principais pontos de entrada no ecossistema de ativos digitais.

Adoção em Mercados Emergentes:

Mercados emergentes adotam stablecoins para transações internacionais e proteção contra a volatilidade das moedas locais. No Brasil, 90% das transações de criptomoedas usam stablecoins. Nigéria, Índia, Indonésia, Turquia e Brasil são os mercados mais ativos, com a Argentina em segundo lugar em participações de stablecoins. A alta inflação e a desvalorização do peso argentino impulsionam a adoção de stablecoins na Argentina.

Futuro das Stablecoins:

Analistas preveem que o boom de 2025 elevará a capitalização de mercado para US$ 400 bilhões ou mais, podendo atingir US$ 3 trilhões em cinco anos. Instituições financeiras, como Stripe e bancos tradicionais, investem no setor. O Federal Reserve e players de Wall Street reconhecem o potencial das stablecoins para transformar pagamentos globais.

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