A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira, 21, uma Operação batizada Lágrimas de Sal para abastecer o inquérito sobre a exploração de sal-gema em Maceió, que causou a instabilidade do solo e o afundamento de bairros da capital alagoana.
Agentes cumprem 14 ordens de busca e apreensão em Maceió (11), no Rio de Janeiro (2), Aracaju (1).
A sede da Braskem em Alagoas é um dos alvos das diligências.
O nome da ofensiva, Lágrimas de Sal, faz referência ao “sofrimento causado à população”, diz a PF, em razão de uma exploração de sal-gema ter obrigado as pessoas a deixarem suas casas por causa do risco de desabamento nos bairros afetados.
De acordo com a PF, foram apurados que as atividades de mineração desenvolvidas no local pela Braskem “não seguiram as restrições de segurança previstas na literatura científica e nos respectivos planos de lavra, que visavam garantir a estabilidade das minas e a segurança da população que reside na superfície”.
A corporação ainda encontrou acusações de que foram apresentados dados falsos e omitidas informações relevantes aos órgãos públicos responsáveis pela fiscalização da atividade da empresa, “permitindo assim a continuidade dos trabalhos, mesmo quando já apresenta problemas de estabilidade das causas de sal e sinais de subsidência do solo acima das minas”.
A exceção mira supostos crimes de poluição atmosférica, usurpação de recursos da União e apresentação de estudos ambientais falsos ou enganosos, inclusive por omissão.
Outro lado
Em nota, a Braskem disse estar “acompanhando a operação da PF nesta manhã e informa que está à disposição das autoridades, como sempre atuoso. Todas as informações serão prestadas no transcorrer do processo.''
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