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ONU lança investigação sobre ataque que matou funcionário em Rafah

A Organização das Nações Unidas deu início à investigação sobre um ataque não identificado a um carro da ONU em Rafah, na segunda-feira (13), que levou à primeira morte de um membro da equipe internacional da entidade desde 7 de outubro, afirmou um porta-voz do secretariado-geral nesta quarta-feira (15).

O funcionário, um militar reformado da Índia chamado Waibhav Anil Kale, trabalhava no Departamento de Segurança e Proteção da ONU e no momento do ataque estava no caminho de um hospital em Rafah com um colega, que ficou ferido.

O Ministério das Relações Exteriores da Índia afirmou que sua missão diplomática estava “em contato com autoridades relevantes” para discutir a investigação, e que esperava conseguir trazer o corpo de Kale de volta para casa.

A operação militar de Israel cercou Rafah, na parte sul da Faixa de Gaza, onde mais de 1 milhão de palestinos buscaram abrigo desde o início do conflito. Ao mesmo tempo, as forças armadas israelenses retomaram os ataques à parte norte do enclave nessa terça-feira (14), em um dos momentos mais violentos desde o início da guerra.

Aliados internacionais de Israel e grupos de ajuda humanitária alertaram que são contrários a uma incursão terrestre sobre Rafah, onde há uma concentração de migrantes internos palestinos e, segundo Israel, também quatro batalhões do Hamas. As autoridades israelenses afirmam que é preciso liquidar os combatentes que restaram ao grupo.

Num pronunciamento na segunda-feira (13), após a morte de Kale, o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, reiterou o “apelo urgente para um cessar fogo humanitário imediatamente e pela libertação de todos os reféns”, afirmando que o conflito em Gaza continua tendo impactos graves “não apenas para civis, mas também quem trabalha com a ajuda humanitária”.

As autoridades de saúde palestinas afirmaram que a operação israelense causou a morte de mais de 35 mil pessoas desde o dia 7 de outubro e levou a maioria dos 2,3 milhões de moradores da região a deixar suas casas.

Na terça-feira (14), a porta-voz do secretariado-geral da ONU, Farhan Haq, afirmou que uma entidade criou um painel para definir os responsáveis ​​pelo ataque.

“A investigação ainda está em fase preliminar e os detalhes sobre o incidente ainda estão sendo verificados com a Força de Defesa Israelense”, afirmou Haq. Ele ainda afirmou que há atualmente 71 trabalhadores da equipe internacional da ONU em Gaza.

Israel tentou uma evacuação de partes de Rafah nos últimos dias. A principal agência da ONU trabalhando na ajuda humanitária estima que mais de 450 mil pessoas deixaram a cidade desde dia 6 de maio. Mais de 1 milhão de palestinos foram encontrados refúgio na região.

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