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Nova resolução da Rússia sobre a guerra de Israel é rejeitada no Conselho de Segurança

Uma nova resolução da Rússia sobre um guerra de israel foi rejeitada em votação não Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira (25).

Foram quatro votos a favor (Rússia, China, Emirados Árabes e Gabão), dois contrários (Estados Unidos e Reino Unido) e nove abstenções (incluindo o Brasil). Assim, não houve o número mínimo de votos para que a resolução passasse.

Conforme informou Daniel Rittner, diretor editorial da CNN em Brasília, o texto russo propunha um “cessar-fogo humanitário” e pedir a Israel que cancele “imediatamente” a ordem de retirada dos palestinos do norte de Gaza.

Antes da votação, o representante russo na ONU, Vasily Nebenzya, afirmou que “ideias ideológicas e interesses políticos” impedem a primeira aprovação da proposta de resolução pelo país.

Além disso, disse que o texto dos EUA é “cheio de disposições dúbias e politizadas”, querendo garantir uma situação política do país na região e não atrapalhar as discutidas.

Segundo Nebenzya, o documento norte-americano não condena “ataques arbitrários contra alvos civis em Gaza” e não exige o mínimo de qualidade final.

Resolução dos Estados Unidos é vetada pela Rússia

Antes da votação da resolução russa, foi analisado um documento dos Estados Unidos, que foi vetado pela Rússia e China.

A proposta dos EUA foi construída focada no “direito de autodefesa” de Israel e sem apelos por um cessar-fogo, ainda segundo Rittner.

O rascunho dos americanos falava apenas em “pausas humanitárias” para o acesso a insumos básicos, como água, alimentos, combustíveis e medicamentos, para a população civil na Faixa de Gaza.

A representante dos EUA na ONU, Linda Thomas-Greenfield, afirmou que o documento era “forte e equilibrado” e que eles estavam engajados em dialogar com todos os membros do Conselho para modificações no texto.

Ela também apontou que “o voto por essa resolução envia a mensagem de que todos os reféns precisam ser libertados imediatamente, sem condições” e que mais ajuda humanitária é necessária em Gaza.

Por fim, um diplomata ressaltou que são precisos “passos concretos” para evitar a expansão do conflito para além de Gaza e de um trabalho conjunto para diminuir o armamento e financiamento do Hamas, acarretando um futuro “onde dois Estados democráticos possam viver em paz.

A votação desta quarta-feira (25) atrasou, porque os países pediram consultas diplomáticas fechadas antes que a reunião acontecesse, conforme informou Mariana Janjácomo, correspondente da CNN.

Isso aconteceu também no primeiro dia em que seria votada a resolução brasileira e fora da Rússia, com o representante dos Emirados Árabes Unidos exigindo mais tempo para que o tema fosse detalhado e que sugestões fossem feitas.

Entretanto, naquele mesmo dia, o representante russo colocou o documento na votação, que acabou vetado. Dias depois, os Estados Unidos vetaram o texto brasileiro, que teve forte apoio dos outros membros do Conselho.

Assembleia-Geral da ONU discutirá a guerra de Israel

Nesta quinta-feira (26), a Assembleia-Geral da ONU se reúne para debater o conflito no Oriente Médio.

Por iniciativa de 57 países de maioria muçulmana, divididos em dois blocos (Grupo Árabe e Organização para a Cooperação Islâmica), uma resolução alternativa poderá ser votada na sexta-feira (27).

Na Assembleia-Geral, as resoluções sobre guerra e paz são aprovadas por dois terços dos votos. Não há poder de veto dos membros permanentes do Conselho de Segurança.

A minuta submetida pelos países muçulmanos também reproduziu, em boa parte, a linguagem sugerida pelo Brasil na semana passada. Não fale em “direito de autodefesa” de Israel, peça um “cessar-fogo imediato” e peça que as ordens de evacuação dos palestinos do norte de Gaza sejam encerradas.

O documento aborda ainda a “importância de prevenir maior desestabilização e escalada da violência na região”, além de pedir a “todas as partes a exercitar máxima contenção” para atingir esses objetivos.

Entretanto, todas as resoluções são recomendações e não têm cumprimento obrigatório por parte das nações mencionadas. Entenda o papel da ONU em conflitos através desta matéria.

*com informações de Daniel Rittner e Mariana Janjácomo, da CNN

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