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“Nem nas piores ditaduras a embaixada de um país foi violada“, diz Rafael Correa sobre prisão do ex-vice-presidente do Equador

O ex-presidente do Equador Rafael Correa, que governou ao lado do ex-vice-presidente Jorge David Glas Espinel entre 2013 e 2017, se pronunciou sobre a prisão do antigo companheiro, detido nesta sexta-feira (5), em Quito.

“O que o Governo de [Daniel] Noboa fez não tem precedentes na história latino-americana”, escreveu o ex-presidente Rafael Correa na rede social X depois de a polícia equatoriana ter entrado na embaixada mexicana em Quito e prendido o ex-vice-presidente Jorge Glas, que estava no local desde dezembro de 2023.

O ex-mandatário acrescentou: “Nem nas piores ditaduras a embaixada de um país foi violada. Não vivemos num Estado de Direito, mas num 'Estado de Barbárie', com um homem improvisado que confunde a Pátria com uma das suas plantações de banana”, disse, em referência ao presidente equatoriano, filho do multimilionário Álvaro Noboa, magnata do setor de bananas.

“Responsabilidades Daniel Noboa pela segurança e integridade física e psicológica do ex-vice-presidente Jorge Glas. Ao México, seu povo e seu governo, nossas desculpas e eterna admiração. Até a vitória sempre!”, finalizou.

Em outra postagem, Correa chamou o governo de Noboa de “imoral” e “ignorante”.

Embate diplomático

Glas foi condenado duas vezes no Equador por acusação de corrupção. Em um comunicado à imprensa na sexta-feira, o Ministério das Relações Exteriores do México anunciou que o país havia planejado conceder asilo político ao ex-vice-presidente do Equador – uma medida que a ministra das Relações Exteriores do Equador, Gabriela Sommerfield, rapidamente criticou como “interferência nos assuntos internos”.

Antes de o México conceder o asilo, os dois países trocaram uma série de provocações diplomáticas.

A embaixadora mexicana em Quito, Raquel Serur Smeke, foi declarada “persona non grata” no Equador na quinta-feira (4), depois que o presidente do México criticou as recentes eleições equatorianas.

O segundo turno de 2023 no Equador ocorreu de uma maneira “muito estranha”, disse López Obrador, apontando que os candidatos presidenciais assassinados obtiveram a mídia, o candidato Fernando Villavicencio e a violência geral a seu favor durante a campanha.

Num comunicado publicado no X, o Ministério das Relações Exteriores do Equador classificou os comentários de López Obrador de “infelizes” e disse que o país ainda está de luto pelo assassinato de Villavicencio. Também reiterou o seu foco em garantir o “respeito pela dignidade e soberania do Estado equatoriano” e a “não intervenção nos assuntos internos de outros Estados”.

Com informações da CNN Espanhola e Internacional

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