O Ministério da Justiça anunciou, nesta quarta-feira (10), que determinou a instauração de um inquérito na policia federal para considerar legalmente cabíveis das expressões de manipulação de resultados em competições esportivas.
A aposta cita que as suspeitas envolvendo a máfia das apostas esportivas teve repercussão interestadual e até internacional.
Até então, o caso vinha sendo tocado pelo Ministério Público do estado de Goiás, por meio da operação batizada como Penalidade Máxima.
Entenda o caso
Jogadores de todas as séries do Campeonato Brasileiro sendo investigados por interferência e/ou tentativa de manipulação de ações dentro do campo de jogo, principalmente em partidas realizadas em 2022. Na nova denúncia do MP, porém, já são citados jogos do Paulistão e Gauchão de 2023.
A Justiça de Goiás acatou a nova denúncia nesta terça-feira (9). Agora, os 17 citados são réus e têm um prazo de dez dias para responder às queixas. Desses, cinco são atletas profissionais. A decisão é da 2ª Vara Estadual de Repressão ao Crime Organizado e à Lavagem de Capitais do Estado de Goiás.
Em 16 de março, a Justiça do estado de Goiás já havia aceitado a denúncia da primeira fase da mesma operação.
Nova denúncia do MP-GO
Nove pessoas são investigadas por “dar ou prometer vantagem patrimonial ou não patrimonial com o fim de alterar ou falsear o resultado de uma competição esportiva”. Efetivamente, são as pessoas que abordaram os jogadores oferecendo valores para cometer pênalti ou ser punido com cartão. A pena de reclusão vai de dois a seis anos e multa.
Os atletas que se tornaram réus são:
- Eduardo Bauermann (Santos)
- Victor Ramos (à época da Portuguesa)
- Igor Carius (à época em Cuiabá)
- Paulo Miranda (à época no Juventude)
- Fernando Neto (à época no Operário-PR)
Todos tendo valores negociados para participar do esquema.
Outros quatro jogadores colaboraram com o assunto e não foram denunciados pelo MP-GO.
Onitlasi Moraes Rodrigues Júnior (à época no Juventude), Kevin Lomónaco (Bragantino), Nikolas Santos de Farias (Novo Hamburgo) e Emilton Pedroso Domingues (Inter de Santa Maria) receberam valores e concordaram com a terapia, mas auxiliaram o órgão público nas negociações .
(Publicado por Luccas Oliveira)
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