Sem dúvidas, maio de 2022 foi um dos piores meses para os investidores de criptomoedas. O pânico do mercado de ações de tecnologia abrangeu os ativos digitais, levando o bitcoin a cair 18% em apenas 30 dias.
Fatores externos como Federal Reserve e Guerra entre Rússia e Ucrânia impactaram o criptoativo primário. No entanto, um fator no próprio mercado também puxou essa queda.
Mineradores estão “alfaçando” bitcoin
Os temidos mineradores venderam 4.411 bitcoins no último mês. Esse valor corresponde a quatro vezes mais que a média dos quatros primeiros meses deste ano.
De acordo com os dados da CoinMetrics, os mineradores de bitcoin começaram a mover de forma intensa a criptomoeda para carteiras de exchanges.
O fato de ter mais bitcoins em circulação nas corretoras contribui para que a pressão baixista no mercado continue.
Com o meio blockchain em grande correção, é natural que as mineradoras precisem vender mais BTC. Afinal, eles precisam arcar com os custos da criação e das transações do dinheiro criado por Satoshi Nakamoto.
Atualmente, a renda recebida pelos mineradores é de 6,25 BTC por bloco minerado. Dessa maneira, 900 bitcoins são criados por dia.
Quando os touros estão dominando o mercado, os trabalhadores essenciais para o funcionamento da rede da criptomoeda conseguem ter dinheiro suficiente para cobrir custos operacionais. Sendo assim, não precisam fazer pressão no preço do bitcoin.
Contudo, os ursos dominam nesse momento em que os grandes compradores não possuem forças. Além disso, os preços da eletricidade estão subindo, indo na contramão dos lucros dos mineradores.
No momento da escrita do artigo, o bitcoin é trocado de mãos a US$20.340, baixa não vista desde dezembro de 2020.