O cofundador da MicroStrategy, Michael Saylor, apresentou uma estratégia detalhada para o futuro das criptomoedas durante a Cúpula de Ativos Digitais da Casa Branca. Segundo ele, os Estados Unidos podem desbloquear até US$ 100 trilhões em valor econômico na próxima década se estabelecerem uma regulamentação clara, removerem barreiras à inovação e adotarem uma estratégia de aquisição de Bitcoin.
A Estratégia de Saylor: Quatro Categorias de Ativos Digitais
Saylor propôs uma estrutura regulatória baseada na categorização dos ativos digitais em quatro classes distintas:
- Tokens digitais – Usados para criação e inovação de capital.
- Valores mobiliários digitais – Para melhorar a eficiência do mercado financeiro.
- Moedas digitais – Voltadas para transações comerciais e para fortalecer a posição global do dólar americano.
- Commodities digitais (Bitcoin) – Para preservação de riqueza a longo prazo.
Com essa divisão, Saylor argumenta que será possível reduzir a incerteza regulatória e integrar as criptomoedas ao sistema financeiro tradicional. Além disso, ele defende a remoção de restrições às criptomoedas para facilitar o acesso das empresas americanas ao mercado de capitais, garantindo a manutenção do dólar como moeda dominante no comércio global.
Cúpula da Casa Branca Reflete Mudança na Postura do Governo
A primeira Cúpula de Ativos Digitais da Casa Branca, realizada na sexta-feira (8), marcou uma mudança na postura do governo dos EUA em relação ao setor cripto. O evento sinalizou uma abordagem mais favorável sob a liderança de Donald Trump, contrastando com as políticas mais restritivas do governo anterior, liderado por Joe Biden.
A cúpula reuniu líderes de gigantes do setor, incluindo Coinbase, Ripple, MicroStrategy, Kraken, Gemini, ChainLink, Robinhood, entre outros.
Michael Saylor Defende Adoção Estratégica do Bitcoin
Em sua proposta, Saylor enfatizou a importância de políticas justas de tributação, transparência e responsabilidade para prevenir fraudes e conflitos de interesse no setor. Ele também criticou políticas tributárias “hostis e injustas” que limitam o crescimento da indústria cripto.
“O governo deve incentivar os bancos a oferecer serviços de custódia, negociação e financiamento para Bitcoin. A exclusão de participantes do setor cripto pelo sistema bancário não deve ser tolerada”, afirma a proposta.
Um dos pilares centrais da visão de Saylor é a criação de uma reserva estratégica de Bitcoin. Ele sugere que os EUA adquiram entre 5% e 25% do fornecimento total de BTC até 2035, por meio de compras constantes e programadas.
Desde 2020, a MicroStrategy adotou o Bitcoin como ativo de reserva de tesouraria, acumulando 499.096 BTC até o momento. Segundo projeções de Saylor, essa reserva poderia gerar entre US$ 16 trilhões e US$ 81 trilhões até 2045, oferecendo uma solução de longo prazo para reduzir a dívida nacional dos EUA.
Conclusão
A proposta de Michael Saylor reforça a importância do Bitcoin e das criptomoedas para o futuro econômico dos EUA. Se implementadas, suas sugestões poderiam impulsionar o crescimento do setor cripto, garantir a liderança global dos EUA em inovação financeira e fortalecer a posição do dólar americano no comércio internacional.
Com o apoio de grandes players do setor e um cenário político favorável, a regulamentação das criptomoedas nos EUA pode entrar em um novo capítulo, abrindo caminho para investimentos bilionários e maior adoção do Bitcoin como reserva de valor nacional.