Parem com as brigas internas e se recomponham, pediu Marine Tondelier, líder do Partido Verde Francês, aos líderes dos partidos de esquerda nessa quarta-feira (17), enquanto as negociações dentro do bloco sobre um candidato comum ao primeiro-ministro parece ter chegado a um beco sem saída.
“Eu estou com raiva, estou enojada, estou farta e lamento pelo espetáculo que estamos dando aos franceses”, disse Tondelier à televisão France 2. A líder francês acrescentou ainda que se sentiu envergonhada demais para olhar os confrontos nos olhos enquanto os rivais políticos assistiam ao fracasso da esquerda “com pipoca”.
Após a vitória surpreendente nas eleições de 7 de julho, os líderes da aliança esquerdista Nova Frente Popular foram rápidos em dizer que formariam um governo e que nomeariam um primeiro-ministro em poucos dias.
Desde então, nenhum progresso foi feito e a esquerda mudou seu foco para tentar chegar a um acordo sobre um candidato a presidente da nova assembleia nacional, que se reunirá pela primeira vez na quinta-feira (18).
“Nossa esperança se transformou em raiva, nossa alegria se transformou em vergonha”, disse Tondelier, acrescentando que a disputa política se deve principalmente às diferenças entre os dois maiores partidos do bloco, os socialistas moderados e a França Insubmissa (LFI), de extrema esquerda .
Enquanto isso, o presidente Emmanuel Macron pediu ao primeiro-ministro Gabriel Attal, que em breve deixará o cargoque intermediasse uma coalizão capaz de reunir uma maioria “sólida”, enviada às partes mais moderadas da aliança de esquerda para abandonar o LFI.
Quem é Jean-Luc Mélenchon, membro da nova coalizão na França?
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