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Justiça do Rio Mantém Prisão de Celsinho da Vila Vintém, Líder da ADA, Apontado por Articular Novas Alianças Criminosas

A Justiça do Rio de Janeiro decidiu manter a prisão do traficante Celso Luiz Rodrigues, conhecido como Celsinho da Vila Vintém, após audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (9). Celsinho, um dos principais líderes da facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA), foi detido na última quinta-feira (8) na Zona Oeste da capital fluminense.

As investigações apontam que Celsinho estava articulando alianças com o Comando Vermelho (CV), arquirrival declarado da ADA, para tentar expandir a presença de sua facção em regiões atualmente dominadas por milicianos. Essa movimentação, que visava a retomada do tráfico na Zona Oeste, acendeu o alerta da polícia.

De acordo com as autoridades, Celsinho teria promovido uma aliança inédita entre as duas facções criminosas e uma milícia que atua em Curicica, na Zona Oeste do Rio. Ele teria articulado um acordo com o miliciano André Costa Bastos, conhecido como Boto, e com Edgar Alves de Andrade, o Doca ou Urso, uma das lideranças do Comando Vermelho, com o objetivo de tentar recuperar áreas que estavam sob controle de outros grupos.

Mesmo após ser solto em 2022, a polícia afirma que Celsinho nunca deixou de comandar a ADA. Com o domínio da facção restrito à Vila Vintém, ele estaria buscando expandir novamente a atuação da organização por meio de um “pacto tríplice”. As investigações indicam que o acordo previa não apenas a convivência pacífica entre os grupos, mas também o apoio logístico da ADA ao CV, com o uso de suas comunidades, como a Vila Vintém, como bases auxiliares.

Histórico Criminal e Libertação Recente

Celsinho foi preso pela primeira vez em 1990, escapou do sistema penitenciário em 1998 e, em 2002, foi recapturado e transferido para Bangu 1. Ele sobreviveu à rebelião que matou Uê e outros líderes da ADA sob ordens de Fernandinho Beira-Mar, líder do Comando Vermelho. Desde então, seu nome passou a circular nos bastidores do crime com menor intensidade, mas nunca desapareceu de vez do radar das autoridades.

Condenado a mais de 30 anos por tráfico, associação criminosa e homicídios, Celsinho foi solto em 2022 após cumprir duas décadas de pena. Sua libertação foi motivada por questionamentos judiciais sobre sua participação na Guerra da Rocinha – episódio em que teria financiado uma tentativa de invasão da favela em apoio à ADA. Em liberdade, ele alegava ter se afastado do tráfico e estar dedicado a um negócio familiar de criação de porcos.

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