Justiça do Rio decreta 27 prisões contra quadrilha após latrocínio de policial civil

Justiça do Rio decreta 27 prisões contra quadrilha após latrocínio de policial civil

A 17ª Vara Criminal do Rio de Janeiro deferiu 27 mandados de prisão contra uma quadrilha ligada à facção criminosa Comando Vermelho, que atua no tráfico de drogas na Comunidade dos Tabajaras, em Copacabana, zona sul do Rio. O pedido foi feito pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que ofereceu denúncia à Justiça. Parte do grupo também foi denunciada por latrocínio consumado e tentativa de latrocínio contra o policial civil João Pedro Marquini, da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), e sua mulher, a juíza titular do 3º Tribunal do Júri do Rio, Tula Corrêa de Mello.

No dia 30 de março deste ano, um grupo de criminosos realizou uma falsa blitz à noite, na Estrada da Grota Funda, zona oeste da cidade. O casal voltava para casa em carros separados. Ao notar a presença dos criminosos, Marquini alertou a juíza pelo celular sobre o perigo e desceu do carro, sendo atingido por cinco disparos de fuzil e morrendo no local. A juíza, que possuía curso de direção defensiva, conseguiu escapar dos criminosos ao dar marcha a ré, mesmo com um tiro atingindo a lataria de seu veículo blindado.

ESTRUTURA DA QUADRILHA

De acordo com as investigações, o grupo operava de maneira estruturada, com hierarquia definida, divisão de tarefas e uso de armamento pesado, incluindo fuzis e artefatos explosivos, para garantir o controle do território e a segurança dos pontos de venda de drogas. As ações criminosas ocorriam nas proximidades de creches, hospitais e áreas de lazer, colocando em risco a população local.

Entre os denunciados estão responsáveis pelo abastecimento e “controle de qualidade” das drogas, pela contabilidade do tráfico, segurança armada dos pontos de venda, logística e até entregadores (delivery) de entorpecentes. A atuação da organização envolvia ainda ataques a comunidades dominadas por milícias rivais.

Quatro integrantes específicos do grupo – Walace Andrade de Oliveira, Jefferson Rosa dos Reis, Alexandre Costa de Oliveira e Antônio Augusto D’Angelo da Fonseca – foram denunciados por latrocínio consumado contra o policial civil João Pedro Marquini Santana e por tentativa de latrocínio contra a juíza Tula Corrêa de Mello.

Nessa segunda-feira (16), policiais da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizaram uma operação para cumprir mandados de prisão preventiva contra investigados por crimes de latrocínio e associação ao tráfico de drogas. A ação ocorreu na Comunidade dos Tabajaras, resultando na prisão de seis criminosos e na morte de um em confronto com a polícia. As investigações indicam que os alvos atuam em uma organização criminosa responsável pela distribuição de drogas e controle territorial armado da comunidade.

Fonte
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