A Justiça do Rio Grande do Sul condenou seis pessoas a penas de até 45 anos de prisão pelo assassinato da enfermeira Priscila Ferreira Leonardi, de 40 anos, no município de Alegrete. Entre os condenados, está o primo da vítima, Emerson da Silveira Leonardi, apontado como o planejador e mandante do crime. O caso, ocorrido em 2023, teve como motivação uma disputa pela herança deixada pelo pai de Priscila.
A enfermeira, que residia em Dublin, na Irlanda, havia retornado ao Brasil para resolver questões financeiras familiares, mas acabou sendo sequestrada e morta pelo grupo. Seu corpo foi encontrado dias depois na Sanga da Jararaca, afluente do Rio Ibirapuitã.
Todos os réus foram condenados por extorsão majorada qualificada pela morte da vítima, e dois deles também por ocultação de cadáver. Além de Emerson da Silveira Leonardi, foram condenados Gilmar Vargas Jaques, Paulo Cezar Guedes, Alex Sandro Ribeiro e Everton Siqueira Mayer. Eles deverão cumprir 45 anos de prisão por extorsão majorada qualificada. Everton e Alex também foram condenados por ocultação de cadáver.
Outro acusado, que firmou acordo de colaboração premiada, foi condenado pelo mesmo crime a 30 anos de reclusão. As penas deverão ser cumpridas em regime inicial fechado, e a decisão ainda cabe recurso.
Relembre o caso:
Priscila Ferreira Leonardi, de 40 anos, foi vista pela última vez em 19 de junho de 2023. Ela morava na Irlanda, mas estava no Brasil para resolver pendências do inventário do pai. O crime ocorreu após Priscila deixar a casa do primo, Emerson. No trajeto para o local onde estava hospedada, a vítima foi sequestrada.
O corpo da enfermeira foi encontrado pela polícia no mês seguinte, em 6 de julho, às margens do Rio Ibirapuitã. A perícia indicou que ela sofreu espancamento e estrangulamento.
Para o juiz Rafael Echevarria Borba, a motivação do crime está relacionada ao interesse de Emerson no patrimônio do tio, pai de Priscila. Além do interesse financeiro, ele queria se livrar da prima, para quem devia dinheiro.