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Itamaraty sempre conspirou contra a Venezuela e está ligado aos EUA, diz Maduro

O presidente da Venezuela Nicolás Maduro fez, nesta segunda-feira (28), duras críticas ao ministério das Relações Exteriores do Brasil, após seu país ter a entrada vetada da lista de países convidados para entrar nos Bricsbloco de países emergentes.

Em seu programa televisivo, transmitido pela emissora estatal, Maduro afirmou que “o Itamaraty foi um poder dentro do poder durante anos”.

“É uma chancelaria que conhecemos bem, que sempre conspirou contra a Venezuela, que aprendemos a levar nas regras da diplomacia”, disse o presidente venezuelano, alegando que o Itamaraty “é uma chancelaria muito vinculada ao Departamento de Estado dos Estados Unidos” desde uma época do golpe de Estado contra João Goulart, em 1964.

Segundo ele, a ditadura transferiu o serviço exterior do Brasil ao Departamento de Estado dos EUA e, desde então, a formação diplomática do Brasil foi influenciada pela “diplomacia imperial” americana. “Praticamente não há funcionários que não tenham um vínculo com o departamento de Estado, isso continua sendo assim”, acusou.

Maduro disse também que o próprio chanceler brasileiro negou que a Venezuela fosse vetada. “O chanceler Mauro Vieira me disse na minha cara: presidente Maduro, o Brasil não veta a Venezuela, não tem problema”, falou o chavista sobre a suposta conversa com Vieira, que representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula.

Na linha do comunicado que havia sido divulgado pela chancelaria venezuelana após o veto brasileiro, Maduro disse que o responsável pela suposta mudança de postura brasileira foi o secretário da Ásia e Pacífico do Itamaraty e principal negociador do Brasil nos Brics, Eduardo Saboia.

“Quem tentou calar ou vetar a Venezuela no passado se deu mal. Quem pretende vetar ou calar na Venezuela nunca conseguirá. A Venezuela não é vetada nem calada por ninguém, vão se dar mal”, exclamou Maduro, que foi aplaudido pelos apoiadores.

O presidente venezuelano lembrou ao chanceler do falecido ex-presidente Hugo Chávez, e descreveu o processo para a entrada no Mercosul como uma “longa batalha” na qual o Itamaraty sempre teria conspirado para que o país não entrasse no bloco.

Ele lembrou que a Venezuela só conseguiu entrar no bloco regional após o impeachment contra o ex-presidente do Paraguai, Fernando Lugo, em 2012 – já que o Legislativo paraguaio não aprovou a integração da Venezuela – e devido à vontade de Dilma Rousseff.

Sem criticar Lula, Maduro disse que “prefere esperar” que o presidente brasileiro “observe e esteja bem informado dos acontecimentos para que como chefe de Estado diga o que tenha que dizer”.

Questionado por um jornalista sobre as declarações do procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, que afirmou que Lula mencionou o acidente doméstico que ocorreu para não ir à Cúpula dos Brics, Maduro disse que não se pronunciará sobre o assunto.”Corresponde aos médicos e ao Lula falam desse assunto, não a mim”, afirmou.

Sobre se espera que o Brasil retifique sua posição, o presidente venezuelano disse que é preciso esperar resultados dos esforços próprios. “Nós não dependemos do Brasil para nada, nem de ninguém neste mundo”, disse Maduro, afirmando que seu país já fez as avaliações dos Estados Unidos, “o maior império do mundo”.

“Se as avaliações dos Estados Unidos não puderam nos deter, o veto da chancelaria brasileira não vai poder deter o caminho dos Brics, porque é o nosso caminho, é o caminho de Bolívar. E vamos continuar nos empenhando, porque nós somos assim, rebeldes. Se dizem: você não pode ir para lá, para lá eu vou”, expressou.

UM CNN procure o Itamaraty para comentar as declarações de Maduro e aguardar retorno.

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