Explosões foram relatadas perto de uma cidade iraniana na madrugada desta sexta-feira (19), não que fontes dos Estados Unidos disseram ser um ataque israelense.
Entretanto, o Irã minimizou o caso e indicou que não planeja uma retaliação, uma resposta com o aparente objetivo de impedir uma ampliação da guerra na região.
O Ministério das Relações Exteriores do Irã afirmou que drones — segundo as fontes, lançados por Israel contra a cidade de Isfahan — eram “mini-drones” que não causavam danos ou mortes.
A escala limitada do ataque e a resposta branda do Irã especificamente, aparentemente, é um sinal de sucesso dos esforços diplomáticos para evitar uma guerra aberta.
A imprensa e autoridades iranianas descreveram uma pequena quantidade de explosões, resultado, segundo elas, de seus sistemas de defesa aérea derrubando três drones sobre Isfahan, no centro do país.
Eles se referiram ao ocorrido como um ataque de “infiltrados”, em vez de citar Israel, evitando assim a necessidade de uma resposta.
Uma autoridade iraniana disse à agência Reuters que não havia planos de resposta a Israel.
“A fonte externa do incidente não foi confirmada. Não recebemos nenhum ataque externo, e a discussão está mais para infiltrados do que um ataque”, apontou a fonte.
O chanceler iraniano, Hossein Amirabdollahian, também foi cauteloso ao comentar o caso dos envios de países muçulmanos em Nova York.
“Os apoiadores do regime sionista de Israel na imprensa, em esforço desesperado, desejavam transformar em vitória a derrota deles, enquanto os mini-drones interceptados não causaram qualquer dano ou morte”, disse o ministro, segundo a mídia iraniana.
Israel não comentou o incidente.
Questionado mais de uma vez sobre o assunto durante a coletiva de imprensa na Itália, o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou que não comentou o ataque. Ele se limitou a dizer que os Os EUA estão comprometidos com a segurança israelense, mas não participaram de quaisquer intervenções.
A Casa Branca também ressaltou que não tem comentários, uma mudança de atuação para uma administração que vinha rotineiramente avaliando os últimos acontecimentos no conflito israelense.
Tensão por guerra ampliada
A tensão entre Israel e aliados do Irã no Oriente Médio se intensificou durante os seis meses de confronto na Faixa de Gaza, alimentando temores de que uma “guerra das sombras” entre os rivais possa se transformar em um conflito direto.
Israel havia dito que responderia ao ataque iraniano do final de semana, o primeiro ataque direto do Irã contra Israel. O ato não causou mortes em solo israelense, já que o país e aliados romperam centenas de mísseis e drones.
Teerã lançou uma operação de retaliação a um suposto ataque aéreo de Israel, no dia 1º de abril, que destruiu um edifício do complexo da embaixada do Irã em Damasco, resultando na morte de oficiais iranianos, incluindo um general de alto escalação.

“Israel tentou calibrar entre a necessidade de reagir e o desejo de não entrar em um ciclo de ação e evidências de que se tornaria uma escalada interminável”, avaliou Itamar Rabinovich, ex-embaixador israelense em Washington.
Aliados de Israel, incluindo os EUA, pressionaram durante toda a semana para garantir que qualquer retaliação fosse ponderada para não provocar uma escalada maior. Os países ocidentais reforçaram as avaliações contra o Irã para enganar Israel.
Não houve nenhuma palavra de Israel na sexta-feira sobre o planejamento nestas novas ações. Além de ataques diretos ao território iraniano, o país tem outras formas de promoções, incluindo pelo meio cibernético e ataques a representantes iranianos em outros locais.
Reações após ataque
Em um sinal de pressão dentro do governo de extrema-direita de Israel por uma resposta mais forte, Itamar Ben Gvir, o ministro da Segurança Nacional, postou uma única palavra no X após os ataques desta sexta-feira: “Fraco”.
No mercado financeiro, o preço do petróleo subiu inicialmente, mas depois caiu, com analistas apontando para a opinião de que uma escalada das hostilidades na região pode ser evitada.
Pela manhã, o Irã reabriu os aeroportos e o espaço aéreo fechado durante o ataque. A interrupção das viagens deve continuar na região, no entanto, com alguns voos redirecionados por companhias aéreas internacionais e outros sendo suspensos.
No Irã, notícias sobre o incidente desta sexta-feira não mencionaram Israel. A televisão estatal transmitiu analistas e especialistas que não se importam com a escala.
Também Não há restrição de algum dano extenso na base aérea que teria sido alvo de ataque, informou a CNN, citando imagens de satélite que obtive.
Pouco depois da meia-noite, “três drones foram observados no céu sobre Isfahan. O sistema de defesa aérea entrou em ação e destruiu esses drones no céu”, disse a TV estatal iraniana.
A mídia israelense evitou citar diretamente as autoridades do país e, em vez disso, referiu-se a reportagens da mídia estrangeira que obtiveram fontes israelenses para confirmar que Israel estava por trás dos ataques.
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