Thiago Guimarães, um reconhecido hacker ético e especialista em Blockchain, trouxe à tona práticas controversas do Nubank relacionadas ao mercado de criptomoedas. Em uma investigação detalhada, Thiago descobriu que o banco, em seus primeiros passos no universo das criptomoedas, não oferecia Bitcoins reais aos seus clientes. O que os usuários visualizavam eram apenas números em um sistema interno, sem qualquer conexão com ativos reais ou registros na Blockchain.
A Revelação
Utilizando uma abordagem ética, Thiago explorou uma falha na API do Pix por meio de um ataque de phishing controlado. Sua análise revelou que o Nubank, na época, não permitia o envio ou recebimento de Bitcoins e não gerava hashes de transferência — elementos fundamentais para validar a autenticidade das transações no mercado de criptomoedas.
O Alerta para Consumidores
A descoberta gerou um impacto significativo entre os consumidores, que acreditavam estar adquirindo Bitcoins reais. A ação de Thiago ressaltou a necessidade de transparência por parte das instituições financeiras que atuam com criptomoedas. Como resultado, o Nubank implementou importantes melhorias, incluindo a funcionalidade de envio e recebimento de Bitcoins e a criação de hashes na Blockchain, adequando-se às expectativas do mercado.
Processos e Controvérsias
Apesar de seu papel na promoção de mudanças positivas, Thiago Guimarães enfrenta processos judiciais movidos pelo Nubank, que o acusa de extorsão. O hacker nega as acusações e afirma que sua motivação foi exclusivamente ética, buscando melhorar os serviços prestados e proteger os consumidores.
A situação escalou quando Thiago foi alvo de uma operação do DEIC, que resultou na apreensão de seus equipamentos eletrônicos. No entanto, nada incriminador foi encontrado, reforçando a fragilidade das acusações contra ele.
Um Legado de Transparência
O caso de Thiago segue em segredo de justiça, mas suas ações continuam sendo vistas como um marco na luta pela ética no mercado de criptomoedas. Hoje, o Nubank já implementa funcionalidades essenciais, como envio, recebimento e comprovação de transações via Blockchain — avanços que, em grande parte, são fruto das revelações de Thiago Guimarães.
Este episódio serve como um alerta para instituições financeiras sobre a importância da clareza e da confiança em suas operações, reafirmando o papel dos consumidores na exigência por serviços mais transparentes e éticos.