O grupo guerrilheiro colombiano de esquerda Exército de Libertação Nacional (ELN) disse nesta segunda-feira (15) que os acontecimentos de paz com o governo estão em “crise” devido a comentários feitos pelo presidente da ColômbiaGustavo Petro.
A declaração do ELN representa o problema mais recente nas relações que foram retomadas por Petro no ano passado, como parte dos esforços para acabar com o papel do grupo rebelde nas quase seis décadas de conflito na Colômbia.
Petro questionou a unidade de liderança do grupo e ordenou que os militares da Colômbia atacassem atividades ilícitas, como o narcotráfico, que financia grupos armados ilegais.
“As conversas de paz não podem estar sujeitas a flutuações nas declarações públicas do presidente”, disse o ELN em um comunicado.
“Como entraram em crise e é preciso clareza por parte do governo, para que o caminho para a paz seja aberto e para que possamos falar em linguagem simples ao país e ao mundo”, acrescenta o comunicado.
Em resposta, o governo disse: “É imperativo que respondamos às comunidades [afetadas] e estabeleçamos […] o cessar das hostilidades entre todas as partes do conflito, medidas de proteção para os civis e a participação da sociedade civil como pilares.”
O ELN, fundado em 1964 por padres católicos radicais, tem cerca de 5.850 membros, incluindo 2.950 combatentes. O governo diz que o grupo se financia por meio do tráfico de drogas, mineração ilegal e sequestros.
O processo com o ELN em administrações anteriores não teve sucesso na cadeia de comando difusa do grupo e dissidência dentro de suas internas.
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