O governo de Javier Milei anunciou, nesta quinta-feira (14), que aplicará medidas contra pessoas que bloquearem ruas para protestar na Argentina, seja parcial ou totalmente. Segundo a Casa Rosada, a medida faz parte de um “protocolo para manutenção de ordem pública”.
Assim, serão aplicadas “sanções severas a todos aqueles que impedem a circulação dos argentinos”, pontuando o porta-voz presidencial Manuel Ardoni.
Isso incluirá aqueles que efetivamente bloquearão as vias, transportarão as pessoas até lá e os organizadores e financiadores dos movimentos.
Em coletiva de imprensa, Patricia Bullrich, ministra da Segurança da Argentina, explicou que uma nova lei será apresentada a curto prazo, e que forças de segurança federais e regionais trabalharão em conjunto.
Segundo destacado, será empregada a “mínima força necessária e suficiente, proporcional à resistência” apresentada pelos manifestantes.
A ministra ressaltou que as pessoas poderão se manifestar nas calçadas, mas não poderão bloquear as ruas, seja com o uso de materiais ou permanecendo nelas.
“Autores, cúmplices e instigadores serão investigados. Também serão identificados veículos e condutores”, anunciou.
Além disso, as autoridades também ficarão atentas para casos de queima de materiais, devido ao “dano ambiental” e risco para outras pessoas.
Em caso de participação de crianças ou adolescentes nos bloqueios, serão avisadas as autoridades competentes pela proteção dos mesmos.
Patricia Bullrich também anunciou que as organizações ou indivíduos responsáveis pelos protestos deverão pagar pelo uso das forças de segurança que irão combatê-los.
“Em caso de estrangeiros com residência provisória, será enviada a informação à direção nacional de migrações”, complementou.
Também será criado um registro de organizações que participam desse tipo de ação, de acordo com o anúncio do governo.
Compartilhe: