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Governo da Venezuela suspende voos de e para o Chile

 

O Instituto Nacional de Aeronáutica Civil (Inac) da Venezuela suspendeu por tempo indeterminado os voos comerciais de e para o Chile, disse na quarta-feira (25) a Aerolíneas Estelar, uma das empresas afetadas pela medida.

A companhia indicou em comunicado que, por determinação do Inac, os voos foram suspensos de forma indefinida.

Disse também que a suspensão entrará em vigor a partir dos voos programados para este fim de semana e que a partir deste momento a venda de passagens para os seus voos entre Caracas e Santiago será interrompida.

A empresa disponibilizou uma linha telefônica, números de WhatsApp e e-mails para os clientes afetados.

Entrei em contato com o Inac para pedir informações sobre esta decisão e os motivos que levaram a ela e aguarda resposta. O instituto pertence ao Ministério do Poder Popular para o Transporte.

O governo do Chile reagiu à medida por meio de sua Cancillería. Em mensagem enviada aos meios de comunicação, a instituição indicou que “se trata de uma decisão unilateral que volta a colocar em uma situação de vulnerabilidade os cerca de 800 mil venezuelanos que residem em nosso país. É uma ação injustificada e que lamentamos”.

Esta não é a primeira vez que o governo venezuelano recorre à suspensão de voos como represália contra países que não autorizaram Maduro como vencedor das eleições de 28 de julho.

O Instituto Nacional de Aviação Civil anunciou há semanas a suspensão temporária dos voos comerciais e para o Panamá e a República Dominicana. Esta suspensão não foi revogada.

Boric disse na ONU que há uma ditadura na Venezuela

Presidente do Chile, Gabriel Boric, em Santiago • 08/05/2024 REUTERS/Ivan Alvarado

A suspensão dos voos entre ambos os países ocorre um dia depois de que, durante o seu discurso perante a Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, o presidente do Chile, Gabriel Boric, Voltei a questionar os resultados das eleições presidenciais da Venezuela, que proclamaram Nicolás Maduro como vencedor, sem que as atas eleitorais desagregadas por mesa de votação tivessem sido publicadas.

“O Chile está especialmente atento à crítica situação que a Venezuela vive. Estamos diante de uma ditadura que pretende roubar uma eleição, que persegue seus opositores e que é indiferente ao exílio não de milhares, mas de milhões de seus cidadãos”, disse Boric.

Além disso, sinalizou que a crise política e econômica na Venezuela expulsou do país mais de 7 milhões de venezuelanos, dos quais cerca de 800 mil estão no Chile. “Por responsabilidade preciso ser claro neste ponto: O Chile não está em condições de receber mais migração”, concluiu Boric.

O chanceler da Venezuela, Yván Gil, também falou nesta quarta diante da Assembleia Geral, onde defendeu os resultados do pleito de 28 de julho. “O presidente Nicolás Maduro foi reeleito com um apoio claro e contundente”, disse.

O Chile é um dos países do continente americano que considera que o verdadeiro vencedor das eleições na Venezuela foi Edmundo González Urrutia, da sigla opositora Plataforma Unitária Democrática.

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