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González diz que irá à Venezuela para posse, mas não revela plano para evitar a prisão

Edmundo González, ex-candidato opositor da Venezuela, afirmou neste sábado (4) que irá a Caracas para tomar posse como presidente no dia 10 de janeiro, mas não revelou que estratégia seguirá para não ser preso pelo governo chavista.

“É um dado transmitido de emoções, não somente pelo que representa minha presença em Caracas nesse dia, mas por todas as relações”, expressou o opositor sobre a data da posse, em coletiva de imprensa na Argentina, após se reunir com o presidente Javier Milei.

González disse não poder dar detalhes de como fará para entrar na Venezuela em meio às ameaças do governo de Nicolás Maduro.

Nos últimos dias, autoridades venezuelanas espalharam anúncios em aeroportos e postos de controle do país, oferecendo uma recompensa de US$ 100 mil por informações que levou à captura de González, contra quem pesa um mandado de prisão, pela publicação de supostas atas eleitorais.

O ministro do Interior da Venezuela, Diosdado Cabello, apontou anteriormente que, caso o opositor decida voltar ao país, haverá policiais esperando por ele no aeroporto.

“Não vou revelar mais do que já disse, que minha intenção é ir para a Venezuela simplesmente para tomar posse do mandato que os venezuelanos me deram”, ponderou.

Questionado sobre como seria a cerimônia de posse, o ex-candidato opositor comentou não poder “adiantar”, já que “as situações hoje são muito complicadas”.

González visita a Argentina e se encontra com Milei

As declarações foram dadas ao lado do chanceler argentino, Gerardo Werthein, e da ministra da segurança de Milei, Patricia Bullrich.

Questionada sobre como a Argentina ajudou González na intenção de voltar à Venezuela, ela destacou que seu país apoia o “triunfo democrático” do opositor e que “a metodologia, as formas e a decisão de como será feita essa posse estão nas mãos de quem ganhou as eleições”.

Milei acompanhou González como vencedora das polêmicas eleições de julho de 2024, que a oposição venezuelana denuncia terem sido fraudulentas.

O poder eleitoral do país atribuiu a vitória do pleito a Maduro, mas nunca publicou as atas com os resultados detalhados que comprovam os votos por cada mesa eleitoral. O líder chavista afirma que no dia 10 de janeiro terá início ao seu terceiro mandato presidencial.

A Argentina foi o primeiro país visitado por González em um giro pelas Américas que o opositor realizou antes do início do próximo mandato presidencial da Venezuela. Neste sábado, além de se reunir com Milei, o ex-candidato venezuelano também se encontrou com o uruguaio Luis Lacalle Pou, em Montevidéu.

O Brasil não foi incluído no tour de Gonzálezque embarca ainda neste sábado para os Estados Unidos, onde terá um encontro com o presidente Joe Biden e líderes do Congresso do país. O opositor disse que um encontro com o presidente eleito Donald Trump ainda não está definido.

González também afirmou que antes do dia 10 de janeiro irá para o Panamá e para a República Dominicana, países com os quais o governo chavista está em conflito pelas declarações em repúdio à atribuição da vitória eleitoral a Maduro e a convalidação do suposto resultado pelo Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela.

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