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Global Stablecoins precisam de órgão de governo, representam risco para a estabilidade financeira, dizem FMI e FSB em novo relatório do G20

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Conselho de Estabilidade Financeira (FSB) Publicados um relatório encomendado pelo G20 sob a liderança da Índia, delineando uma estrutura abrangente para regular criptoativos como Bitcoin e stablecoins hoje, 7 de setembro.

O documento sintetiza as recomendações políticas de ambas as organizações para ajudar os países a enfrentar os riscos de estabilidade financeira e integridade colocados pelo rápido crescimento dos criptoativos.

Riscos representados por criptoativos e stablecoins

O relatório argumenta que os criptoativos podem minar a eficácia da política monetária, aumentar os riscos fiscais para os governos e reduzir a eficácia das medidas de gestão dos fluxos de capitais. A adopção generalizada também pode amplificar os riscos para a estabilidade financeira, aumentando as interconexões de volatilidade e transmitindo choques mais rapidamente em todo o sistema financeiro global. Especificamente, o relatório descreve as stablecoins como um “risco significativo”, afirmando:

“As Global Stablecoins (GSCs) podem transmitir volatilidade de forma mais abrupta do que outros criptoativos e podem causar riscos significativos para a estabilidade financeira… Esses riscos podem surgir especialmente se, ao longo do tempo, as famílias e as empresas em algumas economias vierem a deter porções substanciais da sua riqueza em GSCs, e não em moedas locais.”

Um GSC é uma stablecoin com “potencial alcance e adoção em múltiplas jurisdições”. O relatório afirmou ainda que “os riscos macroeconômicos associados aos GSCs podem ser maiores do que outros stablecoins”.

O FMI e o CEF apelam a uma resposta política multifacetada para mitigar estes riscos macroeconómicos e de estabilidade financeira. Isto inclui o fortalecimento dos quadros de política monetária, a proteção contra a volatilidade excessiva dos fluxos de capitais, a abordagem dos riscos fiscais, a implementação de normas de combate ao branqueamento de capitais e a adoção de uma regulamentação abrangente sobre criptoativos.

Recomendações e Medidas Regulatórias

O FSB desenvolveu adicionalmente recomendações para garantir que os criptoativos e os mercados estejam sujeitos à “mesma atividade, ao mesmo risco, à mesma regulamentação”, estabelecendo uma linha de base mínima que os países devem cumprir. As normas do GAFI visam mitigar os riscos de financiamento ilícito.

As recomendações que, se implementadas, poderão transformar o cenário regulatório para criptomoedas e stablecoins.

A Organização Internacional das Comissões de Valores Mobiliários (IOSCO) procura aplicar os seus princípios aos criptoativos para proteger a integridade do mercado. O relatório também recomenda que alguns mercados emergentes possam exigir medidas específicas adicionais com base nas vulnerabilidades específicas de cada país. No entanto, estas não devem substituir políticas macroeconómicas, instituições fortes e regulamentação abrangente.

Finalmente, o FMI e o FSB estabelecem um roteiro para a implementação “eficaz” e coordenada do quadro político de criptoativos. Isto inclui o desenvolvimento de capacidades para além dos membros do G20, o reforço da coordenação e cooperação globais e a resolução de lacunas de dados no ecossistema de criptoativos em rápida evolução.

De acordo com o relatório, a prontidão das autoridades para regular e supervisionar os acordos globais sobre stablecoins está sendo destacada como uma recomendação central. Sugere que as autoridades devem ter e utilizar os poderes, ferramentas e recursos adequados para regular, supervisionar e supervisionar eficazmente um acordo do SGC e as funções e atividades associadas.

O relatório também sublinha a importância da cooperação, coordenação e partilha de informações transfronteiriças entre autoridades nacionais e internacionais. Propõe que esta colaboração promova a comunicação, a partilha de informações e a consulta eficientes e eficazes, incentivando assim a consistência dos resultados regulamentares e de supervisão.

Além disso, o relatório sublinha a necessidade de as autoridades exigirem que os emitentes de criptoativos e os prestadores de serviços estabeleçam um quadro de governação abrangente com linhas de responsabilidade e prestação de contas claras e diretas.

Gestão de Riscos e Coleta de Dados

Além do foco na governança, o relatório destaca a importância de estruturas rigorosas de gestão de risco para prestadores de serviços de criptoativos. Apela às autoridades para que exijam que os emitentes de criptoativos enfrentem os riscos para a estabilidade financeira, uma abordagem necessária para alcançar resultados regulamentares comparáveis ​​aos das finanças tradicionais.

O documento também investiga a necessidade de sistemas robustos de coleta, registro e relatório de dados por parte dos emissores de criptoativos e prestadores de serviços. Apela ao estabelecimento de padrões de divulgação abrangentes, claros e transparentes e à identificação de riscos para a estabilidade financeira decorrentes de interconexões e interdependências dentro do ecossistema de criptoativos.

O documento será discutido na cúpula do G20 na Índia no final deste mês e pode ser lido na íntegra no site Site da FSB.

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