Gilmar Mendes manda apurar suspeita de fraude em acordo que manteve Ednaldo na presidência da CBF

Gilmar Mendes manda apurar suspeita de fraude em acordo que manteve Ednaldo na presidência da CBF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na noite de ontem (7) que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) inicie imediatamente a apuração das suspeitas de fraude no acordo que manteve Ednaldo Rodrigues na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A denúncia aponta que um dos signatários do documento, Antônio Carlos Nunes de Lima, conhecido como Coronel Nunes, não teria condições mentais para assinar o acordo, além de suspeitas de falsificação de sua assinatura.

O acordo em questão, firmado por cinco dirigentes da CBF e a Federação Mineira de Futebol (FMF), reconheceu a legitimidade das assembleias realizadas pela CBF em 2022, nas quais foram estabelecidas as regras que resultaram na eleição de Ednaldo Rodrigues como presidente. O documento foi homologado por Gilmar Mendes em fevereiro deste ano, no âmbito da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7580.

Na terça-feira (6), a deputada federal Daniela Moté denunciou nos autos que Coronel Nunes não assinou o documento de forma livre e consciente, alegando que sua assinatura pode ter sido falsificada. No dia seguinte, Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, também solicitou que o acordo fosse invalidado, embora não tenha pedido o afastamento imediato de Ednaldo Rodrigues.

Em sua decisão, Gilmar Mendes afirmou que a homologação do acordo pelo STF se baseou na análise de requisitos formais e processuais, sem elementos que indicassem fraude ou incapacidade civil dos envolvidos. No entanto, os documentos apresentados pelos denunciantes trazem “notícias e graves suspeitas de vícios de consentimento capazes de macular o negócio jurídico entabulado”. O ministro ressaltou que, embora a deputada Daniela Moté não seja parte do processo, a informação trazida por Fernando Sarney aos autos justifica a investigação pelo TJ-RJ no âmbito da Ação Civil Pública (ACP) que originou o acordo.

A CBF, por meio de nota, afirmou que recebeu com “serenidade” a decisão do STF de negar os pedidos de afastamento de Ednaldo Rodrigues e que está à disposição das autoridades para esclarecer quaisquer dúvidas. A entidade também clamou pela celeridade nas apurações, “para que possamos enfim superar o trauma dos derrotados na eleição de 2022 e focar no que mais importa: o desenvolvimento do futebol brasileiro”.

O caso segue em investigação, com a expectativa de que o TJ-RJ conclua a apuração das suspeitas de fraude no acordo que manteve Ednaldo Rodrigues à frente da CBF.

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