Galáxia Digital relatou um prejuízo líquido de US$ 177 milhões no segundo trimestre, em comparação com um lucro líquido de US$ 1,6 milhão no mesmo período do ano passado.
Enquanto isso, a receita líquida da empresa no segundo trimestre foi de US$ 53,7 milhões, abaixo dos US$ 108,7 milhões do mesmo trimestre do ano passado.
A empresa atribuiu amplamente a perda às quedas no mercado de criptomoedas durante o período. Ela enfrentou desafios significativos com perdas líquidas em ativos e investimentos digitais, marcando um forte contraste com seu desempenho financeiro anterior.
Apesar do prejuízo líquido geral, a Galaxy conseguiu gerar receita em seus vários segmentos de negócios, incluindo Mercados Globais, Gestão de Ativos e Soluções de Infraestrutura Digital. A empresa continua a se concentrar em iniciativas estratégicas para impulsionar o crescimento futuro e estabilizar seu desempenho financeiro em meio à volatilidade do mercado.
Resultados do 2º trimestre
O capital social da Galaxy Digital era de $2,1 bilhões em 30 de junho, refletindo uma queda de 3% em relação ao trimestre anterior. A posição de liquidez da empresa também enfraqueceu, caindo 11% para $1,33 bilhão.
Apesar desses declínios, a Galaxy conseguiu aumentar seu caixa e stablecoins líquidas em 150%, para US$ 409 milhões, demonstrando uma estratégia robusta de gestão de caixa em meio à volatilidade do mercado.
A empresa registrou um aumento dramático em ativos sob participação (AUS), que subiram para US$ 3,3 bilhões em 18 de julho — acima dos US$ 486 milhões no final de março. O crescimento foi impulsionado principalmente pela aquisição da CryptoManufaktur, uma operadora de nó de blockchain.
A Galaxy Global Markets experimentou uma queda significativa na receita de negociação de contraparte, que caiu para US$ 24 milhões no Q2 de 2024, um declínio de 64% em relação ao trimestre anterior. A diminuição foi principalmente devido a menores volumes de negociação e movimentos adversos de preços de ativos.
Apesar do declínio, o negócio de negociação conseguiu gerar aproximadamente US$ 90 milhões em receita no acumulado do ano até junho, o que representa um aumento de quase 80% em comparação ao primeiro semestre de 2023.
A Galaxy Asset Management (GAM) relatou uma redução nos ativos sob gestão (AUM), que caíram 42% para US$ 4,6 bilhões. As taxas de gestão e desempenho também caíram 19% para US$ 14,5 milhões.
Esses declínios foram devidos principalmente à liquidação de ativos associados ao patrimônio da FTX e à depreciação geral do mercado. No entanto, a GAM anunciou o lançamento do Invesco Galaxy Ethereum ETF em colaboração com a Invesco, um movimento estratégico para aprimorar suas ofertas de produtos.
O segmento Digital Infrastructure Solutions relatou uma receita de mineração de US$ 24 milhões no trimestre, queda de 24% em relação ao primeiro trimestre. Esse declínio foi atribuído principalmente ao halving do Bitcoin em abril.
O hashrate de mineração proprietário da Galaxy diminuiu em 5% para 2,9 EH/s. No entanto, o segmento experimentou um aumento de 341% nos ativos sob participação, atingindo US$ 2,1 bilhões no final de junho, destacando a crescente influência da Galaxy como um grande validador na rede Solana.
Panorama
A Galaxy Digital continua avançando com suas iniciativas estratégicas, incluindo uma reorganização e domesticação planejadas para se tornar uma empresa incorporada em Delaware.
Além disso, a empresa pretende listar na Nasdaq, aguardando aprovações regulatórias e de acionistas. Ela protocolou uma emenda à sua declaração de registro em 26 de julho, que está atualmente sob revisão pela SEC.
A reorganização e a listagem planejada na Nasdaq visam alinhar a Galaxy Digital com os padrões regulatórios e melhorar seu posicionamento de mercado. Espera-se que o movimento atraia mais investidores institucionais e forneça maior liquidez para as ações da empresa.
A Galaxy Digital disse que continua otimista sobre suas perspectivas futuras, apesar dos desafios enfrentados no segundo trimestre. A empresa está focada em expandir seus ativos digitais e infraestrutura de blockchain, como evidenciado pela aquisição da CryptoManufaktur e colaborações com grandes instituições financeiras.