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Feminismo negro é importante porque à tona a questão racial, diz especialista

Em entrevista à CNN Rádio, no quadro CNN no plurala coordenadora de Políticas de Promoção de Igualdade e Raça do Instituto Geledés, Maria Sylvia Aparecida de Oliveira, explicação a respeito do feminismo negro.

Segundo ela, as mulheres negras têm outro ponto de partida para os direitos conquistados pelo feminismo do que as brancas.

“Enquanto as mulheres brancas saíam para reivindicar ao direito ao trabalho e as negras filhas construindo a nação brasileira, sequestradas da África, e que cuidavam da casa e das mesmas mulheres brancas.”

“Para além da questão de gênero, o feminismo negro traz a questão racial”, completou.

Maria Sylvia acredita que, no Brasil, o racismo é tratado “como se fosse uma patologia, uma questão de cada indivíduo”, quando, na verdade, a sociedade é racista de forma estrutural.

“O racismo é um fenômeno que se estrutura como relações sociais no Brasil, sutil em alguns momentos e em outros explícitos coo nas injúrias raciais.”

Exatamente por isso, ela defende que se não tratamos o racismo como “um fenômeno que estrutura relações, vamos continuar vivenciando esses casos de racismo, temos de pensar em educação transformadora e que não reproduza e perpetue o racismo.”

Apesar de permitir que as redes sociais possam dar um impulso importante para a discussão da temática racial, ela aposta na “luta coletiva”.

“A luta contra o racismo tem que ser não só da população negra, mas da sociedade em geral”.

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