A Polícia Judiciária Militar informou que pediu informações à Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro sobre a prisão de Jesser Marques Fidelix, o Jessé. Ele era um dos quatro civis que foram denunciados pelo Ministério Público Militar no inquérito que investiga o furto de 21 armas no Arsenal de Guerra de São Paulono ano passado.
Jesser foi preso pela Polícia Civil do Rio durante uma ação na noite desta quinta-feira (11) em Santana do Parnaíba, região metropolitana de São Paulo. De acordo com as investigações, ele e o cunhado, Márcio André Geber Boaventura Junior, estavam em um veículo de luxo deixando um condomínio também de alto padrão quando foram detidos.
De acordo com as investigações da DRE, uma dupla estaria diretamente ligada ao comércio ilegal de armas, inclusive do Exército, que foi oferecida ao Comando Vermelho (CV), a maior facção criminosa do tráfico do estado do Rio.
“Veja ele [Jesser] foi um receptor ou se ele recomendou as armas é um próximo passo da investigação. Ainda é muito cedo pra gente afirmar se ele é um ou outro”, explicou o delegado Pedro Cassundé.
Depois de recuperar oito das armas roubadas do Exército, a Polícia Civil do Rio teve acesso a vídeos que circulavam nas redes sociais e que indicavam que os suspeitos estariam negociando o armamento de uso restrito para abastecer a disputa entre traficantes e milicianos na zona oeste da capital fluminense.
Nesta sexta (12), os policiais cumpriram nove mandatos de busca e apreensão no Rio e em São Paulo. Os alvos eram pessoas ligadas aos dois presos, que estariam envolvidos nesse e em outros crimes, como a recepção e clonagem de veículos para fins de escambo por armas com grandes fornecedores de armas.
Lembre-se do caso
As 21 capturas sumiram do arsenal de um quartel, em setembro do ano passado, em Barueri, na Grande São Paulo. Dezenove capturas foram recuperadas no Rio e em São Paulo. Duas ainda são procuradas.
Em fevereiro, o Exército concluiu uma investigação sobre o furto. Quatro militares e quatro civis, inclusive Jesser, acusados pelo desaparecimento das armas foram indiciados por furto, peculato, recepção e extravio de armas. Dois dos militares foram presos e dois responderam em liberdade.
O Comando Militar do Sudeste disse à CNN que permaneça ativo para a recuperação das duas armas restantes, bem como para a responsabilização de todos os envolvidos.
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